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Sábado, Abril 27, 2024

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Presidente do Borbense culpa jogadores pela suspensão da equipa sénior (c/som)

A Direção do Sport Clube Borbense, decidiu suspender a equipa sénior, por tempo indeterminado, no que respeita à participação em provas oficiais.

A decisão foi tomada na última reunião do clube realizada no passado dia 5 de julho.

Em entrevista à Rádio Campanário Benjamim Espiguinha, presidente do Sport Clube Borbense, assumiu à Rádio Campanário que foi uma decisão difícil, mas que já se esperava devido à falta de comparência dos jogadores aos treinos e aos jogos.

Benjamim Espiguinha referiu que, caso o Borbense fosse “participar no campeonato sénior, nós teríamos que construir uma equipa, não do zero, mas algo muito parecido porque na época passada inscrevemos 26 jogadores séniores e chegamos ao fim a estarem disponíveis para entrar em campo, doze ou treze e contando às vezes com três guardas redes na ficha de jogo. Atendendo ao abandono por parte de alguns atletas, alguns até sem qualquer tipo de justificação para com o clube, atendendo também, porque alguns daqueles que permaneceram firmes até ao fim, entenderam colocar um ponto final nas suas carreiras futebolísticas, fomos confrontados perante essa situação, e, ou iriamos fazer um esforço enorme para tentarmos arranjar futebolistas para preencher o plantel sénior, ou então olhando para aquilo que nós temos, e para aquilo que tem sido a nossa aposta nos últimos anos, optaríamos pela formação, e foi esta a segunda opção que nós tomamos”.

Acrescenta que não é possível fazer todos os escalões, “teremos que continuar a apostar no Futebol 7 e no Futebol 9 e ao nível dos Benjamins e Infantis, temos duas equipas no Nacional, a equipa de Iniciados que teve uma brilhante prestação no Nacional da época passada, e a equipa de Benjamins que se sagrou campeão distrital e garantiu com todo o mérito, o acesso a participar também no Campeonato Nacional. Perante isto, só nos sobravam os juniores e os séniores e logicamente que nós (…) suspendemos” o futebol sénior, “porque o nosso objetivo é o mais rapidamente possível voltar a ter equipa sénior, mas para que isso acontecesse, temos toda a consciência que o melhor é optarmos e apostarmos na equipa júnior, porque daqui a um ano ou dois, teremos condições para voltar a participar no campeonato sénior com um plantel que nos dê garantias e a certeza de que aquilo que, de alguma maneira já se vinha prevendo em épocas anteriores, nos dê garantia de que isso não vai acontecer quando voltarmos a disputar o campeonato sénior, vamos ter uma equipa da qual os borbenses se vão orgulhar (…) o que estamos a fazer, na prática, é dar um passo atrás para tentar daqui a um ano ou dois, dar dois passos em frente”.

Instado sobre se foram essas condicionantes que levaram à descida à Divisão de Honra, refere que “houve treinos ao longo da época que foram cancelados pelo treinador que não tinha praticamente jogadores para realizar os treinos (…) chegávamos à sexta-feira e tínhamos que ligar aos jogadores se eventualmente estariam disponíveis para vir jogar no domingo. Alguns diziam que sim mas depois no domingo acabavam por não aparecer e isto desenvolveu-se durante muito tempo e nós também fomos perdendo um pouco a paciência, porque apesar de ninguém ganhar dinheiro, os custos com a equipa sénior são elevadíssimos”.

Benjamim Espiguinha realça que cada jogo em casa, “tem um custo fixo de 250 euros, tínhamos que pagar 190 euros para a Associação e 60 euros para a requisição de policiamento. Nós fizemos 12 jogos em casa na época passada e em apenas um tivemos uma receita que nos deu para cobrir esta despesa e o saldo que sobrou foram 15 euros (…) como a carreira da equipa foi o que foi, os próprios sócios também não tiveram interesse nenhum em acompanhar a evolução da equipa. Nós tivemos uma média de assistência aos jogos de 15 sócios. Em termos médios, os visitantes e adeptos das equipas visitantes marcaram presença de uma forma substancialmente maior do que aquilo que foi a presença dos sócios”, acrescentando que, “a carreira da equipa acabou por desmotivar toda a gente”.

Questionado sobre os projetos que a nova direção tem para os próximos dois anos, o presidente do Sport Clube Borbense diz que continuará a ser a “aposta na formação porque as coisas ao nível da formação têm corrido muito bem e portanto é esse o caminho”, lamentando no entanto que só exista um campo disponível, “temos muita dificuldade ao nível dos treinos (…) que a maior parte das vezes tem que ser repartido entre Futebol 7, Futebol 9, com equipas das camadas jovens de Futebol 11, pelo que fazia uma falta enorme outro campo”.

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