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Quinta-feira, Março 28, 2024

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A pouca precipitação registada “veio salvar a campanha de azeitona de 2017”, diz representante da Coop. de Olivicultores de Borba (c/som)

A seca atravessada pelo país, tem tido efeitos em todos os setores de produção agrícola e pecuária. Aquando do início da campanha de 2017, os olivicultores alentejanos estavam preocupados com a quantidade e qualidade da azeitona.

Em declarações à Rádio Campanário, Paulo Velhinho, diretor da Cooperativa de Olivicultores de Borba confessa que esperavam que “fosse uma campanha ruim, aliás, estávamos assustados”. Terminada agora, afirma que, “apesar do susto, foi uma campanha positiva”.

Em outubro de 2017, previamente ao início da campanha, “a azeitona estava seca e com tendência a cair”. Contudo, registou-se um pouco de precipitação que, “não foi suficiente, mas deu para salvar” a campanha 2017.

Para tal, muito contribuiu o facto de a maioria dos olivais dos sócios da Cooperativa serem antigos, denominados “olivais de sequeiro” que resistem “mais às situações climáticas que temos vindo a viver nos últimos anos”, explica.

Com uma campanha “na ordem de 1 milhão e 200 mil quilos de azeitona”, foi “um bocadinho superior à de 2016”.

A azeitona foi mais valorizada, uma vez que “tinha pouca humidade”, e na “relação peso, tinha mais percentagem de gordura”, possibilitando que “a extração do azeite fosse superior”. Desta forma, com 1 milhão de quilos de azeitona foram produzidos 185 mil litros de azeite, quando normalmente a mesma quantidade possibilita a produção de 150 mil litros de azeite.

Relativamente ao preço de venda do azeite, afirma que a estabilidade nos mercados permite que seja mantido o mesmo, face ao ano passado. Contudo, “provavelmente, podem vir a subir daqui a mais uns tempos”.

Em conclusão, Paulo Velhinho afirma que foi uma boa campanha, que beneficiou os cerca de 650 olivicultores sócios, com o quilo de azeitona a ser pago “um pouco acima em relação a 2016”, e para a cooperativa, que conseguiu obter o stock necessário “para um ano estável e para “satisfazer as encomendas quer a nível do mercado nacional quer internacional para onde exportamos” (Brasil, Alemanha, Espanha, Holanda e Singapura).

Atualmente, “aguardamos que chova para mantermos o olival a produzir como sempre tem produzido”, declara.

 

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