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Sábado, Abril 20, 2024

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Caso de abusos sexuais e maus tratos, pôs “em risco a continuidade da própria instituição”, diz Provedor da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz (c/som)

Manuel Galante, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, falou à Rádio Campanário sobre o panorama atual da instituição, dois anos após o início do processo que terminou com a condenação da diretora do Lar Juvenil e que levou ao encerramento do mesmo, para reestruturação.

O provedor da instituição diz que “foi um período muito conturbado, […] que deixou marcas muito dolorosas nas pessoas envolvidas” e na instituição, tendo mexido “com a vida de muitas pessoas”.

Todo o processo, declara o Provedor à RC, teve um grande “custo económico e financeiro” para a instituição, que quase pôs “em risco, a continuidade da própria”.

Durante seis meses, “sem recebermos da segurança social, rigorosamente nada”, a Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz suportou os salários dos funcionários, assim como as indemnizações inerentes aos despedimentos.

Tinha ainda sido feito, no período antecedente ao encerramento do lar, um investimento “com fundos próprios”, na renovação da lavandaria e cozinha centrais, o que também reduziu o orçamento da instituição.

Todas estas despesas acrescidas, “acabou-nos com a pequena almofada que já existia”, diz o Provedor, acrescentando que “tudo isso, deixou-nos a tremer um pouco”.

Recorde-se que, tal como foi noticiado pela Rádio Campanário, em abril de 2015, Vânia Pereira, Diretora do Lar Juvenil da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, foi detida por acusações de sequestro agravado, abusos sexuais e físicos de menores, e peculato, crimes praticados no exercício de funções, entre 2008 e 2014.

Com o Provedor Manuel Galante, e alguns funcionários e técnicos da instituição também acusados, o lar juvenil encerrou cerca de um mês e meio depois da detenção da diretora, e consequente início do processo, para reestruturação.

O processo judicial terminou em março, do presente ano, resultando na prisão efetiva de Vânia Pereira, por abuso sexual de menores, maus tratos, sequestro agravado e peculato. Tendo sido o provedor e instituição absolvidos, foi ainda condenada uma funcionária, por maus tratos físicos a menores.

 

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