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Quinta-feira, Março 28, 2024

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Desafios do Alentejo para 2030 passam pela “captação de recursos qualificados”, diz Roberto Grilo (c/som)

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), juntamente com as demais entidades representativas da região, foi convidada a elaborar um “Contributo Regional do Alentejo para a Estratégia Portugal 2030”, enviado ao Primeiro-Ministro, António Costa, no passado mês de março. O Presidente da CCDRA, Roberto Grilo, explicou à Rádio Campanário que as prioridades para o Alentejo se focam sobretudo no combate ao abandono demográfico e na necessidade de equilibrar a capacidade de captar investimento em todo o território em “estreito alinhamento com a preparação do Portugal 2030”.

Este documento surgiu de um convite do Primeiro-Ministro, lançado num Conselho Regional do Alentejo, “no qual desafiou a região a refletir sobre aquilo que seriam as suas prioridades estratégicas, enquanto contributo para a estratégia nacional com o horizonte 2030”, explicou.

Nessa perspetiva, o Porto de Sines, para onde está prevista a ampliação do terminal 21 e a construção do terminal Vasco da Gama, “tem vindo a afirmar-se em termos de importância nacional e internacional”, sendo hoje o 15º maior porto da Europa e que tem apresentado crescidas contínuas nos índices de movimentação de carga, gerando “efeitos indutores na economia local e regional”. Para os quais a linha ferroviária Sines-Évora-Elvas/Caia-Badajoz-Madrid ajudará a consolidar a relação transfronteiriça, onde “a região Alentejo, como a Estremadura espanhola, passam a ser o centro da Península Ibérica”, afirma do Presidente da CCDRA.

Ao mesmo tempo, “a região Alentejo tem um posicionamento geoestratégico, quer pela condições de acessibilidade portuária, rodoviária, ferroviária, um território que tem uma interação muito grande com a Área Metropolitana de Lisboa”, havendo por isso “um estabelecimento e um reforço das redes de cooperação a todos os níveis, seja ele territorial, económico, ao nível dos serviço ou até tecnológico, um principio a corporizar na estratégia territorial e programa de ação desta tal alteração do Plano Nacional do Território”, e que é já “um argumento, que proporciona oportunidades ao nível do reforço da cooperação nos domínios da investigação e da inovação”, assim como “da atratividade empresarial, da logística, residencial, turística, e até de visitação”, esclarece Roberto Grilo.

Segundo o Presidente da CCDRA, esta relação com a capital do país promove um “aumento da atratividade para um recurso que hoje é mais escasso na região Alentejo, que são recursos humanos capacitados”. Este é “um dos principais desafios que a região tem, que tem a ver com mão de obra”, assim como “a captação de recursos qualificados e a manutenção na própria região”.

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