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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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Em ano de seca, Governo e Associação de agricultores afirmam que “não há situações críticas” (c/som)

O ano de 2017 apresenta-se, até ao momento, como um ano de baixa pluviosidade, em Portugal.

Luís Medeiros Vieira, Secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, em declarações à Rádio Campanário, avançou que o Governo está atento à evolução das condições meteorológicas.

Neste sentido, Luís Medeiros Vieira avançou que foi criada uma comissão interministerial e reunido um grupo técnico “de avaliação da seca a nível do país, das várias regiões”. Quando os mesmos iniciarem o exercício de funções, trabalhará para, “de forma preventiva, encontrar as melhores soluções”, com perspetiva de médio prazo.

Devido à maior frequência da ocorrência de fenómenos meteorológicos adversos à agricultura, surgiu a necessidade de criação de “boa resposta a prazo […] para que se possa depois tomar as medidas o mais rapidamente possível”, afirma.

Em anos anteriores e em condições semelhantes, o Governo assegurou o setor agropecuário, através de medidas como a abertura de furos.

No presente ano, já se encontram aprovadas 204 candidaturas, das 220 candidaturas apresentadas. Com um investimento de 2,3 milhões de euros, têm um apoio de um milhão de euros. Encontrando-se já 95% contratadas, prevê-se que o estejam na totalidade até ao final do mês.

O Secretário de Estado, garante que “o Governo tem mostrado que está atento aos problemas e antecipa as próprias situações”, tendo apresentado respostas face aos problemas apresentados.

Avança ainda que “não há situações críticas”, havendo uma constante monotorização no terreno, atuando quando necessário.

António Palma, Presidente da ANPEMA (Associação Nacional de Pequenos e Médios Agricultores), Évora, falou à Rádio Campanário sobre a situação atual da agricultura no Alentejo, mediante as condições climatéricas registadas.

Relativamente à precipitação registada na segunda semana de maio, afirma que “alivia um pouco a dor, mas foi muito pouco para as necessidades que se tinha em termos de abastecimento”.

Apesar disso considera que, caso chovesse de forma a preencher as barragens, nesta altura, seria um pouco mau para determinadas culturas, nomeadamente as de primavera.

Do ponto de vista de pastagens para o gado, a chuva “ainda veio melhorar qualquer coisa em termo de disponibilidades forrageiras”, mas para sul, afirma, já veio causar danos.

Relativamente à eventual necessidade dos agricultores e produtores recorrerem a ajudas do Estado, Engenheiro António Palma diz que “poderá haver casos pontuais […] de não terem água para abebebramento dos seus animais”, encontrando-se a maioria salvaguardada.

Quanto aos agricultores do regadio, com reservas próprias, acredita que “são capazes de ter que encolher um pouco as suas áreas”.

O Presidente da ANPEMA afirma que, apesar de ter chovido pouco, “não estamos perante uma questão catastrófica […] de seca prolongada”, como se verificou em anos anteriores.

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