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Greve de médicos com adesão de 80 a 85% encerra blocos operatórios e adia consultas e cirurgias (c/som)

A greve agendada para esta quarta-feira, 25 de Outubro, afetou significativamente vários serviços nas unidades de saúde alentejanas levando ao encerramento de blocos operatórios a que acresce o adiamento de consultas e cirurgias, confirmou o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), através do delegado regional do Alentejo, Armindo Ribeiro.

Segundo Armindo Ribeiro, a greve tomou proporções “entre os 80 a 85 por cento” no Alentejo, o que engloba “Centros de Saúde, consulta externa hospitalar e ao nível dos blocos operatórios, onde confirma que “tem havido uma grande quebra efetiva dos cuidados de saúde”.

O responsável acrescenta que houve “cuidado de fazer a publicidade desta greve” de forma a “minimizar a gravidade da situação ao máximo para os utentes”, motivo pelo qual indica que “muitos dos utentes já estariam à espera que isto acontecesse”.

Com esta greve, os médicos procuram “melhorar as condições para que os utentes possam usufruir de um cuidado de saúde melhor ao longo do tempo”, afirmou, pretendendo a redução da lista de utentes por médico de família de 1.900 para 1.500, a limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em que atualmente é de 200 horas, e a redução do limite de 18 para 12 horas em serviço de urgência.

De acordo com Armindo Ribeiro, os principais hospitais, como é o caso de Portalegre que teve “uma adesão de 80 a 85 por cento”, o Hospital do Litoral Alentejano contou com “85 por cento de adesão”, Évora teve uma “adesão de 80 a 85 por cento” e Beja, que considera ter tido “um bocadinho menos de adesão, rondando os 70 por cento”.

Ao que a RC conseguiu apurar, no hospital de Évora, várias consultas externas e cirurgias foram adiadas e só uma das cinco salas do bloco operatório está a funcionar e também para cirurgias de urgência.

No hospital do litoral alentejano só uma das três salas do bloco operatório está a funcionar e para cirurgias de urgência e o serviço de consultas externas está “extremamente afetado”, e no hospital de Beja “praticamente todos os serviços”, incluindo o bloco operatório, “estão a funcionar normalmente”.

Para o próximo dia 8 de Novembro, haverá “muito provavelmente uma maior adesão ainda” comparativamente a quarta-feira, afirmou o secretário regional do Alentejo do SIM, confirmando que os serviços na região alentejana “poderão colapsar”.

 

 

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