10.4 C
Vila Viçosa
Quinta-feira, Abril 25, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Ministério Público suspeita de irregularidades nas análises ao derrame de petróleo em Sines, feitas pela Universidade de Évora

O Laboratório de Ciências do Mar (CIEMAR) da Universidade de Évora está a ser investigado pelo Ministério Público de Setúbal, por suspeitas sobre a fiabilidade dos resultados de um estudo à qualidade da água do Porto de Sines, no rescaldo de um derrame de 30 toneladas fuelóleo, em 2016. Em causa estão os resultados de um estudo do CIEMAR, que declararam níveis de poluição dentro dos permitidos por lei, e uma análise posterior elaborada do Instituto Hidrográfico de Lisboa, revelou um resultado diferente. Segundo fonte da universidade, contactada pela RC, as discrepâncias podem dever-se às diferentes metodologias utilizadas nos estudos.

Em outubro de 2016, após o derrame de fuelóleo do navio MCS Patricia, as análises às águas superficiais do mar, feitas pelo CIEMAR, demonstraram que não havia poluição resultante deste incidente. Por outro lado, os resultados da análise atribuíam parte da responsabilidade dos valores registados aos trabalhos de limpeza. 

Contudo, em fevereiro, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) pediu novos estudos ao Instituto Hidrográfico de Lisboa, com amostras recolhidas pelo Ministério Público e os resultados terão detetado níveis de naftaleno mais de duas mil vezes superiores ao estabelecido pela Norma de Qualidade Ambiental.

Parte desta discrepância poderá estar relacionada com as diferentes metodologias utilizadas. Segundo fonte da UE estas diferenças devem-se às diferentes metodologias utilizadas nos estudos. Uma vez que, a análise de “águas superficiais” do mar, contempla recolhas até 50 centímetros do plano de água, analisando a dispersão do fuelóleo e na água e não o próprio material derramado. Remetendo a possibilidade de prestar declarações oficias posteriormente, a mesma fonte diz que esta é uma metodologia usada desde 1997 e que o Instituto Hidrográfico não fez análises da água, mas sim do fuelóleo e que por isso não se podem comparar estes resultados aos da norma de qualidade.

Em atualização.

Populares