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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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Refugiados acolhidos em Vila Viçosa e Borba partiram “sem comunicarem a ninguém”, afirmam responsáveis de instituições (c/som)

Ao longo dos últimos anos e à semelhança do que aconteceu em todo o país, instituições da região do Alentejo, receberam refugiados, oriundos da Síria e da Eritreia, nomeadamente.

Eduardo Almeida, Presidente da Delegação de Vila Viçosa da Cruz Vermelha Portuguesa, falou à Rádio Campanário sobre a situação dos refugiados acolhidos pela instituição.

Ao todo, entre março e junho, foram acolhidos cinco cidadãos oriundos da Eritreia, com idades compreendidas entre os 22 e os 29 anos.

“Sempre disseram que o objetivo deles não era ficar por aqui”, afirma Eduardo Almeida.

No tempo em que permaneceram, viveram na instituição e não encontraram trabalho.

Nunca tendo arranjado trabalho, em outubro, “chegou a altura de eles abalarem sem comunicarem a ninguém”, informa.

Apenas um destes refugiados detinha estatuto de residente em Portugal, e o mesmo comunicou que iria para junto do irmão, no centro da Europa.

Destes refugiados eritreus acolhidos pela Cruz Vermelha calipolense, “há dois que foram apanhados clandestinamente”, informa, tendo sido retornados a Portugal, mas não a Vila Viçosa.

O paradeiro dos restantes é, atualmente, do conhecimento das entidades competentes.

Neste momento, e desde há dois meses, “Vila Viçosa acolhe uma família síria, um casal com duas crianças”, encontrando-se a senhora já a trabalhar.

Dois refugiados sírios, com 43 e 44 anos de idade, foram acolhidos pela Santa Casa da Misericórdia de Borba, durante dois meses. Carlos Bacalhau, da instituição, falou à RC sobre o ocorrido.

Antes de obterem a documentação para ficarem legalizados, “contactaram-nos que iam a Lisboa”, adianta. Utilizando a verba disponibilizada pela instituição, foram mas nunca regressaram.

Reportando a situação às autoridades competentes, SEF e União das Misericórdias, “fomos informados que isso tinha acontecido também em vários sítios, em várias misericórdias que acolheram refugiados”, informa Carlos Bacalhau.

Aos refugiados acolhidos por Borba, foram facultadas aulas de português, assim como condições de comunicação, “eles estavam sempre em contacto”, avança. Desta forma, não se descarta a hipótese de Lisboa ser um ponto de partida para a Europa Central “para a Alemanha, para o Polónia”, países de destino de eleição refugiados.

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