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Delegado Regional do IEFP faz “balanço bastante positivo” do I Encontro Regional de GIP, em Portel (c/som e fotos)

Decorreu esta terça-feira, dia 12 de dezembro, o I Encontro Regional de Gabinetes de Inserção Profissional (GIP), em Portel, promovido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), subordinado ao tema “Mais Próximo, Melhor Emprego”.

À RC, Paulo Feliciano, Vice-Presidente IEFP, declara que os Gabinetes de Inserção Profissional (GIP) são uma “mais-valia muito significativa”.

Trabalhando em parceira e articulação com os serviços de emprego, possibilitam aos últimos uma rede mais alargada para cumprirem o seu “papel”, assim como “chegar com maior proximidade às pessoas”.

O Encontro de GIPs, afirma, “permitiu fazer um debate aprofundado”, e a partir do mesmo “encontrar um conjunto de propostas e soluções de melhoria para o papel dos GIPs”, que serão analisadas, visando “medidas que consigam melhores resultados”.

Questionado relativamente às condições dos animadores dos Gabinetes de Intervenção Profissional, descritas na Encontro como «precárias», declara desconhecer pormenorizadamente “a situação de cada um deles”, contudo, “nada obriga a que assim seja”, encontrando-se o “recrutamento das pessoas que ali trabalham” sob a responsabilidade dos parceiros. Avança ainda que melhores condições de trabalho, permitem aos animadores “desenvolver melhor o seu trabalho”.

Arnaldo Frade, Delegado Regional do Alentejo do IEFP, aponta que o evento possibilitou obter uma “panóplia” de perspetivas relativamente ao papel e problemas enfrentados pelos GIPs.

O delegado manifesta desejo em que o evento se repita, e que seja um ponto de partida “rumo a uma maior eficácia”, sendo que para tal, terão de ser realizadas alterações com base nas discussões que abarcou.

Questionado relativamente ao que poderia ser melhorado no funcionamento dos GIPs, aponta uma melhor articulação na relação entre o animador e o IEFP, o animador e a entidade enquadradora, e a entidade enquadradora – IEFP. “Este triângulo pode ser otimizado” para obter melhores resultados, afirma.

Consciencializar “os animadores da nobre função que têm em mãos em territórios onde não há serviços de emprego, e por outro lado consciencializar as entidades” para os GIPs, como “um instrumento de política ativa que pode em muito ajudar no combate ao desemprego”.

Neste sentido, afirma que “estamos perante uma questão de qualidade e não de quantidade”, quando questionado se o número de GIPs existente é suficiente.

“São claramente os necessários”, contudo, carece de uma afinação da “qualidade da intervenção e da articulação entre as várias entidades”.

Interrogado ainda relativamente à situação precária dos animadores, discutida no evento, afirma que a tarefa é afeta a um membro do quadro da instituição, sendo o ordenado comparticipado pelo IEFP. Contudo, não existindo sempre esta disponibilidade de recursos humanos, surge por vezes a necessidade de dar oportunidades a pessoas com habilitações para o cargo, mesmo não existindo a garantia de continuação no cargo, sendo esta hipótese, aponta, preferível à situação de desemprego.

José Ramalho, Diretor do Centro de Emprego e Formação de Évora, afirma à RC que foi “um encontro muito positivo”.

“Pela primeira vez” um encontro desta natureza juntou “os três patamares do IEFP”, sendo eles os serviços locais, regionais e centrais.

Havendo desde já vontade de que se repita, pois é uma forma de “partilhar trabalho e saber que o nosso trabalho é importante para as pessoas”.

Em declarações à RC presente no evento, Bravo Nico, Membro do Conselho Geral da Universidade de Évora, faz um “balanço muito positivo” do encontro, realçando a importância da existência dos Gabinetes de inserção Profissional.

“A existência deste tipo de infraestrutura, em territórios como o Alentejo, com tantas dificuldades no acesso aos serviços públicos de emprego e qualificação, é muito importante”, assim como “a existência de um mediador” informado e integrado na comunidade.

Estes mediadores desenvolvem um papel “absolutamente fundamental na procura de soluções que satisfaçam as necessidades das pessoas” potenciando simultaneamente “o desenvolvimento dos territórios”.

Nos territórios da região Alentejo, caraterizados por baixa densidade populacional e dispersão de localidades, “é muito difícil o acesso físico aos serviços públicos que normalmente estão nos centros urbanos de maior dimensão”, surgindo o animador do GIP como um elo de ligação.

A mudança na vida das pessoas pode resultar em mudança na vida das comunidades, considera.

José Grilo, Presidente da Câmara Municipal de Portel, realça a importância deste evento, para que o “serviço de emprego melhore no futuro”.

Ao longo do encontro, os animadores de GIPs de vários pontos da região, explanaram as “dificuldades que têm em encaminhar pessoas para empregos”, e em enfrentar situações complicadas com pessoas que de debatem com a situação de desemprego.

João Serranito Nunes, Presidente da Câmara Municipal de Barrancos, afirma que o IEFP “é uma instituição que está bem implantada na nossa sociedade”.

Esta implementação surge como reflexo de que “os nossos problemas de inserção e capacitação profissional ainda não estão resolvidos, e que tem de estar sempre presente”, contudo, o “trabalho de parceria bastante aprofundado […] do qual resultam sempre frutos”.

Aponta que os “concelhos desta zona têm uma dificuldade acrescida relativamente à criação de novos postos de trabalho”, nomeadamente para as pessoas qualificadas pelo instituto.

No concelho de Barrancos, a taxa de desemprego “está elevada”, apontando o autarca a intenção de serem criados postos dignos e com futuro, em vez dos temporários subsidiados que existem atualmente.

 

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