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Voluntariado “tem que ir além das Associações”, diz novo presidente dos Bombeiros de Estremoz (c/som e fotos)

No passado sábado (21 de Abril) tomaram posse os novos órgãos dirigentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Estremoz, que em simultâneo comemorou o seu 85º aniversário.

A eleição decorreu no dia 23 de Março e elegeu Carlos Ferreira como presidente da direção, que em declarações a esta estação emissora falou em alguns projetos para o quartel, a renovação do parque automóvel e reconhece que o voluntariado é “o maior risco” para as corporações do interior.

Para o quartel, a nova direção, que teve apenas algumas alterações e apenas dois elementos novos, pretende proceder à “requalificação da parte feminina da Associação”, pois quanto foi construída a infraestrutura “não havia bombeiras”, ao contrario dos dias de hoje.

Questionado sobre a renovação do parque automóvel, Carlos Ferreira refere que a corporação estremocense “tem contado com uma serie de instituições e autarquia” e pretende repor duas ambulâncias que tiveram que ser abatidas devido à quilometragem no final do ano passado, ao qual uma delas era para ter sido reposta na cerimónia ali presente mas sofreu um “atraso”.

Quanto à questão do voluntariado, “tem que ir mais além das próprias Associações”, embora se proporcionem condições como wi-fi em todo o quartel, considera que tem de haver “um olhar para este problema, das entidades oficiais, e dar apoios a quem seja bombeiro voluntario”.

Para o dirigente, poderia haver “isenção de algumas taxas para os bombeiros se fixarem” ou “benefícios na saúde”, algo que há uns anos foi retirado, ou a alteração legislativa que não permite “aos jovens vir para os bombeiros aos 14 anos”, mesmo que não seja para o combate a incêndios mas “iam ganhando o gosto”, sublinhou.

Inácio Esperança, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora, realça o apoio financeiro do município estremocense a esta corporação, pois considera “um bom exemplo no distrito”.

Embora considere que “não é o quantitativo que interessa, mas sim estabelecer um plano de atividades”, o presidente da Federação eborense enaltece o contribuído financeiro da autarquia estremocense perante a corporação.

Inácio Esperança reitera que o Governo “investe o seu dinheiro de entende, mas não deve esquecer aqueles que durante anos e voluntariamente o fizeram”, considerando que “se é necessário forças musculadas, no dia-a-dia e em 100% do território não há nenhum Estado que consiga ter o que os Bombeiros têm”, afirmou.

Também à RC, Luís Mourinha, presidente do município estremocense, adianta que Estremoz “vai ter bombeiros profissionais, que são pagos a 50% pela Câmara e outros 50% pela Proteção Civil”, o que representa uma contribuição anual da autarquia de mais de 100 000 euros.

O autarca refere ainda que os Bombeiros são “uma instituição que faz falta em qualquer concelho”, desejando que “funcione bem para que seja eficiente no combate a incêndios e no apoio à população”.

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