O Hospital de Santa Luzia em Elvas vai ver o seu serviço ambulatório transformado numa clínica de alta resolução, mediante um investimento de um milhão de euros e estando prevista uma comparticipação financeira do Programa Operacional Regional Alentejo 2020 de 850 mil euros. A contrapartida nacional é de 150 mil euros e é assegurada pela ULSNA (30 mil euros), Coração Delta (10 mil euros) e os nove municípios (num valor global de 110 mil euros, em nove partes proporcionais às populações de cada concelho).
Prevê-se que esteja ativo no primeiro semestre de 2018, podendo assim, após a restruturação, assegurar cerca de 40 mil consultas por ano e efetuar 5.500 exames especiais.
Na entrega do protocolo á Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) estiveram alguns autarcas envolvidos no protocolo, como Nuno Mocinha (Elvas), Luís Mourinha (Estremoz) e Ricardo Pinheiro (Campo Maior).
Os restantes seis concelhos que integram este protocolo são Arronches, Monforte, Sousel, Borba, Alandroal e Vila Viçosa.
Vera Escoto, Diretora Clínica da ULSNA, que sublinha ser “um pontapé para a frente”, que nasceu de “uma harmonização” entre os profissionais de saúde e as entidades envolvidas.
Segundo a Diretora clínica, os municípios “perceberam que esta instituição sempre os serviu” e adianta ainda que é esperado que “daqui a um ano esteja, pelo menos as obras, já no terreno para no ano de 2018 estar a funcionar”.
Vera Escoto sublinha a “péssima” acessibilidade ao Hospital elvense, e refere que os utentes poderão fazer “no mesmo local, uma série de exames”.
Vítor Silva, Diretor Clínico do Hospital de Santa Luzia, refere que a clinica ficará instalada em “espaço que nasceu para internamento” e através de um “upgrade” possibilitará uma maior capacidade de resposta.
“Criar condições para reduzir ao máximo a necessidade do internamento”, destaca o Diretor Clínico sobre a reposição de algumas áreas de enfermaria por este projeto em que “reduzindo o tempo de internamento, precisamos de menos camas”.
Para cirurgia de ambulatório “é possível criar espaço para 10 doentes”, explica Vítor Silva acrescentando que “não é difícil imaginar que se possam tratar 15 ou 20 doentes num dia”, sublinhando os recursos humanos “que neste momento não temos” mas que espera atrair mediante o projeto.
Nuno Mocinha, Presidente da Câmara Municipal de Elvas, falou também com a RC dizendo que este protocolo “junta uma nova metodologia” que “vem permitir que se reduza o tempo de espera”.
Segundo o autarca “o retorno é maior” através do aproveitamento de recursos já existentes, necessitando de “menos investimento”, indicando que se procura “justificar melhor a rentabilidade deste Hospital” e “alargar a sua área de influência”.
A RC falou também com o Presidente do Município estremocense, Luís Mourinha, que reconhece a “dificuldade em chegar ao ponto da obra e da execução”, sublinha a importância “para a região”.
Ricardo pinheiro, Presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, diz que o Hospital de Elvas “é uma infraestrutura que está para servir toda a comunidade” e refere que quanto á gestão pública “não nos respaldamos só naquilo que são as meras obrigações ou deveres da governação autárquica”.
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