A Proteção Civil esteve também representada no feira do Montado determinada a estabelecer uma relação de proximidade para com o cidadão. Maria João Rosado, 2ª Comandante Distrital de Operações de Socorro, respondeu a algumas questões.
Em resposta à Rádio Campanário sobre o número de ocorrências, explica que o número aumentou em 2019 comparativamente a 2018, como é habitual no distrito de Évora, nos meses de maio e junho foi quando se deu os incêndios de maior envergadura.
Segundo a 2ª Comandante, o facto de existirem mais atividades agrícolas, nesses meses, podem contribuir também para o aumento das ocorrências, ainda assim Maria João Rosado fala num “balanço positivo” por parte da Proteção Civil.
A diminuição da chuva, nos últimos anos, influencia também estes números de ocorrências, “a precipitação que tem caído é bastante inferior aquilo que é considerado até como normal nos meses de inverno, primavera e até mesmo de outono” o que faz com que a vegetação que existe esteja muito mais disponível para aceitar qualquer tipo de combustão.
Olhando para a área florestal tipicamente alentejana em comparação às áreas de centro e norte, os incêndios, devido aos combustíveis finos que existem no terreno, fazem com que muitas vezes até a área afetada seja maior, mas o incêndio é controlado mais rápido pois devido a serem combustíveis finos, ardem mais rapidamente e são situações controladas mais facilmente.
Maria João Rosado em relação ao ordenamento do território e aos meios disponíveis para combate aos incêndios, explica que o ordenamento será um trabalho desenvolvido ao longo do tempo, que não irá ter resultados imediatos e que, como em todas as entidades, gostariam de ter mais e melhores meios, ainda sim os que existem estão sempre prontos a intervir caso haja necessidade.