O Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, afirmou em declarações à Agência Lusa que “não faz sentido” o encerramento das fronteiras na região para travar a propagação da COVID-19.
Como a RC noticiou esta quinta-feira, os Ayuntamientos de Villanueva del Fresno e Valencia del Mombuey pediram o encerramento dos postos de fronteira que têm com Portugal “até que seja estabelecido um protocolo transfronteiriço para o controlo da COVID-19”, mostrando preocupação com o surto de COVID-19 em Reguengos de Monsaraz. José Calixto diz não ter recebido qualquer contacto nesse sentido.
O autarca comentou á Lusa que “qualquer situação de cerco sanitário ou confinamento mais drástico tem a ver com dados objetivos resultantes da investigação epidemiológica ou de descontrolo das cadeias de transmissão. Se há momento em que não faz sentido falar dessa medida é agora, que deixou de haver novos casos na comunidade e todos os casos detetados nos últimos 10 dias já estavam previamente confinados”.
José Calixto lembra que no Alentejo “foi mantida toda a tranquilidade quando houve surtos e casos na Estremadura espanhola”, mas admitiu que poderá “faltar alguma troca de informação” entre os dois lados da fronteira”.
“O mais que podemos fazer é, se os colegas espanhóis precisarem de alguma informação, certamente a Autoridade de Saúde Pública Portuguesa os informará do que necessitarem. Mais do que protocolos, o importante é as autoridades dos dois países atuarem de acordo com cada foco e, naturalmente, trocarem informações, que penso que é o que estará a faltar neste momento”, concluiu.