O ministro da Administração Interna disse hoje que vão ser proibidos todos os trabalhos rurais até às 24 horas de terça-feira e que os incêndios registados nos últimos dias se devem a atividades evitáveis.
“Temos verificado mais uma vez nos últimos dias que grande parte dos incêndios são evitáveis. Nesta semana, o incêndio de Vale de Cambra começou com um churrasco, incêndio de Vila Flor no sábado começou com trabalhos agrícolas, outros incêndios também fruto de atividades absolutamente evitáveis”, afirmou o ministro Eduardo Cabrita na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (AENPC), em Carnaxide, Oeiras.
Nesse sentido, foi determinado que serão “proibidos todos os trabalhos em espaço rural, exceto os de combate a incêndios florestais e a garantia da alimentação dos animais, pelo menos até às 24:00 da próxima terça-feira”.
Questionado sobre as previsões meteorológicas para os próximos dias, avançadas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o ministro da Administração Interna indicou que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil está a avaliar a situação para que o Governo decida sobre a declaração de alerta.
“A situação está a ser avaliada pela ANEPC, tendo em conta que o IPMA, relativamente a segunda e terça-feira coloca cerca de 170 municípios do continente, isto é quase dois terços dos municípios do continente [território continental], num nível máximo ou muito elevado de risco de incêndio rural”, declarou Eduardo Cabrita, explicando que a Proteção Civil está a avaliar os níveis de alerta operacional adequados.
Sobre a situação de alerta que pode vir a ser declarada pelo Governo, o ministro da Administração Interna lembrou que “permite mobilizar recursos, dispensar de trabalho todos os bombeiros voluntários, colocar num nível de prontidão máximo todas as entidades do sistema e, fundamentalmente, proibir atividades de riscos”.
“Não é só serem desaconselhadas, pirotecnia, trabalhos agrícolas com máquinas, uso do fogo na floresta são crime e serão tratados como tal pelas entidades com responsabilidade pela vigilância, a começar pela Guarda Nacional Republicana (GNR)”, alertou o governante.
FONTE: AGÊNCIA LUSA