A 18 de junho um surto de COVID-19 despoletou no Lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), levando a que mais de cem pessoas, quer do lar, quer da comunidade ficassem infetadas com o novo coronavírus e levando ao óbito de 18 pessoas.
Atualmente, são 18 os casos ativos e há já 23 dias que não existem novos casos na região, estando a cinco dias de se considerar o surto resolvido. Segundo a autoridade de Saúde Pública considera-se que um surto está extinto após 28 dias sem novos casos positivos COVID-19 relacionados com as cadeias conhecidas.
Neste domingo, dia 02 de agosto, o Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, presidiu à Eucaristia Dominical na Comunidade Paroquial de Reguengos de Monsaraz, rezando por todas as vítimas mortais da COVID-19, por todos os doentes e familiares, dando graças a Deus por todos os que se encontram bem de saúde e por todos os profissionais das diversas áreas de intervenção que têm trabalhado arduamente no surto que assola o concelho.
Em entrevista à RC, José Calixto, presidente do município de Reguengos de Monsaraz refere que esta Eucaristia “foi um momento marcante” e “um momento muito importante para reflexão da grande coragem do povo reguenguense contra muitas adversidades, contra algumas incompreensões”.
Segundo o autarca, na Eucaristia com o Arcebispo de Évora refletiu-se sobre a força para ultrapassar o problema, explicando que “fomos buscá-la a toda a comunidade que esteve a favor de uma rápida solução, do encontrar soluções, a comunidade e não só, várias dezenas de instituições. Este é o momento de relembrarmos todos aqueles que perdemos, mas seguir em frente com a consciência de que temos feito tudo aquilo que pudermos para continuarmos a fazer para ultrapassar um problema gravíssimo”.
Sobre o possível controlo do surto no concelho afirma que “estamos todos mais tranquilos e com a perspetiva mais positiva deste surto”.
Relembra ainda que “a grande solução” para controlo da pandemia está “no comportamento de cada um e não facilitarmos numa fase em que já não estamos confinados. Temos consciência de que o principal deste surto está resolvido, mas temos noção muito mais forte de que temos que fazer tudo para que as coisas corram bem porque isto não acontece só aos outros”.