A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo adjetiva como obscura, tendenciosa e enganosa a auditoria da Ordem dos Médicos (OM) às mortes no lar de Reguengos de Monsaraz, avança a SIC.
“A ‘Metodologia’ terá de se qualificar de ‘obscura’ quanto à documentação (…); ‘enganosa’ pois a visita ao local é (…) após o decurso dos acontecimentos e ‘tendenciosa’ quando se procede à audição- quase exclusivamente- dos médicos que se recusaram a cumprir os deveres funcionais”, refere o documento da ARS, a que a SIC teve acesso, enviado ao Ministério Público, que está a investigar o caso.
A ARS considera que esta auditoria, levada a cabo pela Ordem dos Médicos, tem “como objetivo descredibilizar um trabalho árduo e rigoroso dos profissionais de saúde” e que foi feita por uma médica cuja “atuação viola o princípio da imparcialidade e da isenção” porque pertence ao centro de saúde dos médicos que se recusaram a trabalhar no lar de Reguengos de Monsaraz.
Em comunicado a OM defende a posição e refere que “a postura de negação de desresponsabilização, associada à soberba e arrogância (…) é técnica e humanamente inaceitável preferindo atacar a forma e os autores da auditoria, em detrimento de aproveitar o trabalho e as conclusões”.