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Empresa de biodiesel desmente origem de mau cheiro em Vendas Novas

A empresa de produção de biodiesel Extraoils desmentiu o ministro do ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que justificou o mau cheiro em Vendas Novas com a ineficiência do sistema de pré-tratamento da sua unidade industrial.

Em resposta a uma questão do PSD, o ministro referiu que, devido a este problema, a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Bombel, responsável pelo tratamento das águas residuais geradas nas zonas urbana e industrial de Vendas Novas, foi afetada em julho de 2019 por “descargas anómalas de efluentes com características industriais” provenientes daquela unidade, informação contrariada por um comunicado enviado hoje à agência Lusa pela administração da Extraoils.

O comunicado garante que “a laboração da unidade da Extraoils não regista nenhuma anormalidade das descargas efetuadas para o sistema de pré-tratamento” e que, além disso, “esta situação pode ser confirmada pelos relatórios periódicos e análises quinzenais que a empresa realiza” e que são “enviadas periodicamente para o município”.

“Não percebemos estas declarações [do ministro do ambiente] uma vez que nessa altura [julho de 2019] a empresa ainda nem tinha iniciado a sua laboração, o que apenas aconteceu em janeiro de 2020. Nem sequer a luz elétrica estava ligada, porque a unidade estava em obras e a energia elétrica foi ligada em outubro de 2019”, refutou a administração da Extraoils em declarações atribuídas ao administrador da empresa, Pedro Silva.

O ministério tutelado por Matos Fernandes assegurou ainda que, desde agosto de 2019, a empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA) procurou resolver o problema, através de “um processo de adição de peróxido de hidrogénio nas lagoas da ETAR”, informação que é também questionada pela Extraiols.

A administração da empresa lembra que essa “é uma tarefa normal em qualquer ETAR quando a mesma tem falta de oxigenação ou entra em saturação” e acrescenta que “se foi uma situação pontual que nunca mais aconteceu é porque o problema, tendo existido, acabou por ser resolvido”.

 

Fonte: Agência Lusa

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