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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

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“A intenção da EDIA passa por abrir estes espaços à população”, diz o Presidente da EDIA sobre as mais de 400 ilhas da Barragem de Alqueva (c/som)

O mais recente estudo que salvaguarda a preservação das ilhas e penínsulas do Alqueva feito pela EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva – revela que o maior lago artificial da Europa tem 426 ilhas, destas 40 são intocáveis por questões ambientais.

As restantes ilhas podem ter utilização recreativa, nomeadamente atrações turísticas. “A intenção da EDIA passa por abrir estes espaços à população não fazendo sentido vedar o aceso”, explica José Pedro Salema presidente da empresa.

Salema afirma que foi com este propósito, o de conservar e valorizar um espaço com potencial turístico, que surgiu a ideia para a criação de um parque natural.

As principais dificuldades para a realização deste projeto são de ordem burocrática na opinião de José Salema afirmando que a “EDIA não é a única instituição que regula o território. Existe a autoridade nacional da água, a agência portuguesa do ambiente que tutelam todas as zonas de domínio público hídrico. [Ou seja], todas as áreas que estão com água são geridas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), embora as áreas que tenham uma cota acima dos 153 são geridas e podem ser geridas pela EDIA”.

O gestor da empresa diz que “não se pode criar um parque natural das ilhas do Alqueva só acima de uma determinada cota, porque não tinha ligação com o resto do território”. O presidente da EDIA em declarações à Rádio Campanário diz que estão “em articulação com a APA para tentar regular, regulamentar este espaço, porque neste momento tudo é proibido mas ninguém fiscaliza. Quando é tudo proibido e ninguém vê, tudo é permitido. O que nós queremos é que a população possa usufruir daquela enorme riqueza que é o maior lago artificial da Europa, mas ainda muito pouco explorado e vivido”, conclui.

Passa pela mão dos privados a intenção de rentabilizar este espaço, José Salema considera que “não é vocação da EDIA desenvolver projectos turísticos. A vocação da EDIA é contribuir para ordenar, para criar as regras e dar o exemplo da boa gestão do espaço. Depois tem que ser a iniciativa dos privados a tomar conta destes espaços e, isso pode ser facilmente feito através da concessão, com um caderno de encargos muito bem elaborado e com determinadas obrigações ambientais. Nós já temos um caderno de encargos ambiental preparado para cada tipo de situação”.

José Pedro Salema à Rádio Campanário esclarece que os concursos ainda não abriram afirmando que “estamos a preparar toda a documentação e à espera do acordo de todas as instituições para garantir que é isso que todos querem”.

 

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