As empresas EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A e a EDP – Energias de Portugal, mantêm um diferente relativo ao valor da compensação financeira prevista no contrato de concessão.
Em causa está a retenção pela EDP de uma verba relacionada com o reforço da capacidade hidroelétrica do Alqueva de 260 para 512 megawatts, cuja construção arrancou em 2008. O projeto, que entrou em operação em Dezembro de 2012, representando um investimento de 190 milhões de euros, transformou esta barragem no segundo maior centro produtor hidroelétrico do país, destronado apenas pelo alto do Lindoso, outro dos ativos estratégicos da EDP.
Contatado pela Rádio Campanário, o presidente da EDIA, João Pedro Salema, confirma uma “divergência de opinião”, acrescentando que “a EDP entende que há uns cálculos que devem ser feitos de uma maneira e eu entendo que devem ser feitos de outra”.
O dirigente refere ainda que “há um entendimento do contrato que não é só preto e branco, portanto há uma interpretação do contrato que a EDP faz num sentido e a EDIA faz noutro”.
João Pedro Salema denuncia ainda que “o contrato teve algumas cláusulas que no fundo estavam mal especificadas, tem que ver com investimento que as empresas tinha que fazer para construir o reforço de uma estação electroprodutora, um investimento muito significativo na ordem dos 150 milhões de euros”