Pela primeira vez, o cargo de presidente da CCDR vai ser decidido num colégio eleitoral. No Alentejo, Ceia da Silva assumiu-se como candidato à presidência da CCDR Alentejo e conta com o apoio dos três presidentes da Federações Distritais do Partido Socialista no Alentejo (Portalegre, Évora e Beja).
No entanto, segundo avançou o Semanário Expresso, no passado fim-de-semana, apesar dos socialistas levarem grande vantagem no Alentejo, a sucessão de Roberto Grilo, atual presidente, está longe de ser pacífica, pois este pondera “seriamente” avançar como independente, à revelia do pacto nacional (negociações entre PS e PSD – o PSD deverá ficar com a liderança das CCDR-Norte e Centro e o PS com as de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, as regiões onde impera o mapa autárquico cor de rosa).
À margem da Assinatura do termo de aceitação do projeto “Contratação de Recursos Humanos Altamente Qualificados” pelo Instituto Politécnico de Portalegre, no âmbito do Programa Operacional ALENTEJO 2020, e questionado pela Rádio Campanário se pondera avançar com uma recandidatura ao cargo como independente, Roberto Grilo respondeu apenas que “confirmo a mesma coisa que disse ao Expresso. Não acrescento nem mais, nem menos. Estou aqui numa função como presidente da CCDR do Alentejo e não gostaria de falar sobre o assunto”.
De acordo com o Expresso, segundo uma fonte do PS local, se houver uma coligação negativa de autarcas do PSD, CDU e independentes — a CDU “não fará acordos, mas não dirá não votem” —, a eleição de Ceia da Silva ficará “comprometida”, já que “há socialistas” que apoiam a eleição de Roberto Grilo, “gestor competente que desenvolveu um território assimétrico sem olhar a cores partidárias”.