Como a RC noticiou [ler aqui] no passado dia 07 de setembro, sete indivíduos de leste, com idades compreendidas entre os 20 e os 33 anos, estão acusados de furtos qualificados praticados em co-autoria material.
O julgamento foi realizado na passada segunda-feira, no entanto, apenas cinco arguidos do “Gang das Oliveiras” faltaram ao julgamento. Apenas os dois presos preventivos do grupo estiveram em tribunal, sendo que ambos se demarcaram da prática dos furtos, avança o Lidador Notícias (LN).
Apenas dois dos sete cidadãos de leste, arguidos no processo da vaga de furtos ocorridos em vários pontos do país entre agosto de 2011 e fevereiro de 2019, marcaram presença na primeira sessão do julgamento no Tribunal de Beja.
Segundo o LN, Robert Badalau, de 20 anos e Dimitru Goblan, de 30 anos, ambos em prisão preventiva, são apontados como os cabecilhas do apelidado “Gang das Oliveiras”, foram os únicos que compareceram perante o Coletivo de Juízes presidido pela magistrada Ana Batista.
Foi ainda emitido um mandado de detenção para condução a tribunal contra um arguido, de 33 anos, enquanto que os restantes quatro dos arguidos, com idades entre os 27 e os 29 anos, estão em paradeiro desconhecido, não tendo sido possível a sua notificação.
Em curtos depoimentos, e sem necessidade de intérprete, os arguidos apresentaram na língua portuguesa a sua versão dos factos desmarcando-se da participação em qualquer dos furtos de que estão acusados.
Segundo a versão de Robert Badalan, justifica que “comprei uma carrinha já em Portugal e pagaram-me 2.000 euros para fazer um transporte de mercadorias para a Roménia. Desconhecia que era material furtado”. Já Dimitru Golban sustentou que fora “contratado” pelo seu amigo para “ajudar no transporte de uma mercadoria. Não sabia a proveniência das coisas”.
Ao “Gang das Oliveiras” são imputados, em co-autoria material, de treze crimes de furto qualificado, cometido furtos em vários pontos de Portugal e também em Espanha, acreditando os investigadores que o seu valor ultrapasse o meio milhão de euros. Muito do material foi introduzido no mercado negro na Roménia e outro em explorações agrícolas no Alentejo onde trabalhavam cidadãos de leste na apanha da azeitona.
O grupo foi desmantelado em 22 de fevereiro de 2019, depois de numa ação de fiscalização, militares do posto de Ferreira do Alentejo terem abordado uma viatura onde viajavam Robert e Dimitru com vário material furtado. Foi essa detenção e a confissão feita pelos dois homens que levou ao desmantelamento do gang.