O número de casos na comunidade devido ao surto de COVID-19 num lar ilegal em Évora duplicou, passando de seis para 12, e quatro dos oito utentes da instituição internados no hospital tiveram alta, foi hoje revelado.
“Os casos na comunidade já são 12”, disse hoje à Lusa fonte da Câmara de Évora, com base nos dados mais recentes da Autoridade de Saúde Pública recebidos pelo município.
O presidente do município, Carlos Pinto de Sá, em conferência de imprensa realizada na segunda-feira, anunciou o registo dos primeiros seis casos de COVID-19 na comunidade associados ao surto detetado no lar ilegal da Quinta da Sizuda, situado na periferia da cidade, e revelou que vários estabelecimentos tinham fechado portas, por precaução.
No total, disse hoje a fonte da autarquia, já são “52 as pessoas diretamente” atingidas por este surto da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, das quais “40 no lar e as 12 na comunidade”.
Até agora, a Câmara Municipal, com base nas informações que possuía, tinha referido aos jornalistas que existiam 29 utentes e 10 funcionários do lar infetados com COVID-19, mas, entretanto, corrigiram estes números para 31 idosos e nove trabalhadores.
Fonte do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) revelou também hoje à Lusa que quatro dos oito utentes do lar ilegal infetados com COVID-19 que estavam internados, em enfermaria ‘COVID, tiveram alta na segunda-feira, “ao final do dia”.
Os quatro idosos que permanecem internados são três homens, de 80, 87 e 88 anos, e uma mulher, de 80 anos, acrescentou.
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo confirmou hoje à Lusa a alta hospitalar dada a quatro dos utentes internados e precisou que os idosos “regressaram ao lar”.
Segundo a ARS, o total de utentes do lar que estão infetados com COVID-19 é também de 31, sendo que “27 utentes” encontram-se na instituição, além de “nove funcionários” doentes.
“Aguarda-se a transferência dos 27 utentes para a residência universitária que está a ser preparada para os receber”, disse, explicando tratar-se de um processo “da responsabilidade da Câmara e da Proteção Civil de Évora”.
Estes idosos “estão a ser acompanhados no lar” por elementos do “Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central, com o apoio dos colaboradores da Estrutura Residencial Para Idosos e de uma enfermeira contratada ao abrigo do protocolo entre a Segurança Social e a Cruz Vermelha”, acrescentou.
A Universidade de Évora revelou que a residência universitária Manuel Álvares, situada na periferia do centro histórico e que a academia cedeu até final do ano, é o local “onde ficarão temporariamente alojados” os utentes do lar. A transferência está prevista para hoje ou quarta-feira, disse o autarca.