O Conselho Nacional da Educação (CNE) recomenda substituir chumbos escolares por apoios aos alunos. A medida passa por criar alternativas educativas aos alunos de forma a sustentar e a aumentar o rendimento escolar.
Todos os anos chumbam em média 150 mil alunos do ensino básico e secundário que custam aos cofres do Estado perto de 600 milhões de euros, admitindo que cada aluno custe ao Estado cerca de 4 mil euros.
A posição da CNE é bem vista aos olhos de Manuel Nobre, presidente do Sindicato dos Professores do Distrito de Évora, considerando que esta questão “é atual e pertinente. Até porque tanto o Sindicato dos Professores da zona Sul e a FENPROF têm vindo a dizer que as políticas que este ministro tem implementado vão muito na linha de colocar provas e exames a vários níveis e que nós não encontramos grandes benefícios para a qualidade do ensino. É por isso uma posição lúcida que merecerá o respetivo debate”.
Manuel Nobre acrescenta que “esta é mais uma derrota deste governo” e que “alguns dos apoios que deveriam estar a ser dados não o estão pela falta de professores, porque o Ministério da Educação tem reduzido professores, aulas de apoio, recursos técnicos”.
“Aquilo que temos sempre dito é que as escolas devem ter a sua própria autonomia para encontrar dentro dos seus recursos alternativas e com isso dar apoio necessário aos alunos que tenham dificuldades. Ou então até o Conselho Nacional da Educação propõe a eliminação dos próprios exames que só fomentam a competitividade”, refere Manuel Nobre dizendo ainda que “este governo aquilo que tem feito é criar medidas economicistas, isto é reduzir custo a qualquer preço quer isso tenha ou não reflexo nos serviços públicos de educação.