O Cante Alentejano que foi considerado pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – Património Imaterial da Humanidade tem agora um espaço reservado onde o principal objetivo passa pela divulgação deste cantar regional.
Jorge Benvinda empresário responsável pela Casa de Cante e músico que dá a voz aos “Virgem Suta” é um dos principais rostos da “Alavanca” (Associação de promoção do Cante Alentejano) que à Rádio Campanário disse que “esta casa de cante surge com o propósito de apoiar o cante alentejano. Já temos bons vinhos, boa gastronomia, um património maravilhoso com ótimas paisagens, mas precisávamos que a valorização do cante alentejano viesse fazer com que isto se unificasse. Acredito que vão surgir no Alentejo mais casas de cante, mais restaurantes, mais espaços onde se vai trabalhar a polifonia alentejana. O objetivo é que Beja seja envolvida como uma forte cidade do cante”.
“Mais tarde ou mais cedo outros empresários vão olhar para este trabalho e vão também eles criar o seu espaço. O importante é acreditar. O povo alentejano não pode ser descrente, tem que acreditar que tem um potencial maravilhoso, que somos capazes de receber e de trabalhar para não ficarmos desertificados”, realça Jorge Benvinda dizendo ainda que da programação da Casa de Cante em Beja se espera que “todos os dias haja iniciativas. Às quartas temos workshops da campaniça, às quintas temos os cantadores que ensaiam no espaço e às sextas e sábados temos espetáculos. O objetivo é que todos os dias existam iniciativas num espaço onde permite criar tertúlias, que cante, que toque e que se divirta até às quatro da manhã”.
A “Casa de Cante” abriu dia 4 de Dezembro e estará aberta ao público de terça a sábado, para almoços e jantares, cujo enfoque são os produtos regionais, do vinho à gastronomia regional assente na carta gastronómica do Alentejo.