De acordo com os resultados do inquérito “Impacto da COVID-19 na Hotelaria — 4.ª fase — Balanço do Verão / Perspetivas Outono”, divulgados recentemente, a região do Alentejo registou uma taxa de ocupação hoteleira de 71% no mês de agosto, tendo sido, por isso, apelidado pela responsável de “estrela” do verão, no que diz respeito a este indicador.
No sentido oposto, a queda “mais violenta” foi observada na Área Metropolitana de Lisboa (AML), com taxas de ocupação de 10% em junho, 15% em julho, 25% em agosto e 24% em setembro.
Segundo a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), a “hecatombe” na AML não se deve a questões de sazonalidade, mas sim ao cancelamento de eventos, como congressos e cimeiras, prevendo que a taxa de ocupação caia ainda mais na época festiva do final do ano.
Os resultados mostram também que, desde o início de janeiro até ao final do primeiro semestre do ano, mais de 50% dos inquiridos verificaram uma quebra na taxa de ocupação entre 60% e 89%.
Quanto aos preços da hotelaria, a média praticada nos meses de junho a setembro ficou cerca de 25% abaixo do mesmo período do ano passado, à exceção do Alentejo, a única região onde o preço médio este ano foi superior ao do ano passado (ficou ligeiramente acima dos 100 euros).
Este verão ficou ainda marcado por mais uma surpresa: o Reino Unido não foi um dos principais três mercados para a hotelaria no Algarve, nem tão pouco nas regiões Norte, Centro e AML. Apenas na Madeira foi apontado como um dos três principais mercados.
O inquérito revelou ainda que 40% dos associados da AHP abriram portas, no período em análise, mas fecharam pelo menos 30% dos quartos.
Quanto às previsões de ocupação para os meses de outubro, novembro e dezembro, no Alentejo espera-se que seja de 33%, 12% e 12%, respetivamente.