Arrancou esta semana a campanha da azeitona, num ano em que se estima uma produção de 100 mil toneladas de azeite. As previsões antecipam ainda um aumento do consumo de azeite 7% acima do valor previsto para a produção, o que se traduz numa inversão da tendência dos últimos anos, segundo a Olivum – Associação de Olivicultores do Sul.
O Olival moderno (Alentejo e Ribatejo) é responsável por 70% da produção nacional de azeite, com Portugal a posicionar-se atualmente como o 8.º maior produtor mundial de azeite, com produtividades recorde no Alentejo que podem chegar às 18 toneladas de azeitona por hectare. Portugal é proporcionalmente o primeiro país no mundo em produção de qualidade, produzindo 95% de azeite virgem e virgem extra. Espanha e Itália ocupam o segundo lugar, ao atingirem apenas 70%.
A Olivum verticalizou a sua operação e passou a ser a maior associação de Olivicultores e lagares do país, com 40 mil hectares de exploração agrícola, 100 associados, 300 explorações e 10 novos lagares.
“Sendo o setor do olival um dos mais dinâmicos e modernos em Portugal, quer-se uma associação de última geração que acompanhe o perfil empreendedor dos seus associados”, defende Pedro Lopes, Presidente da Olivum. “O setor é jovem e empreendedor e desde o início tem apostado no investimento tecnológico e inovação. Hoje a sustentabilidade ambiental e a compatibilização entre agricultura e proteção da natureza são uma das prioridades da Olivum” sublinha.
Portugal garante desde 2014 a sua autossuficiência em azeite e hoje exporta 500 milhões euros de azeite para o mercado internacional, contribuindo para a economia portuguesa com 620 milhões de euros. O investimento no setor permitiu passar de 80 mil toneladas em 2014 para 140 mil toneladas de azeite produzido em 2019. As empresas a atuar são maioritariamente portuguesas e o setor conseguiu atrair investimento estrangeiro de países como Espanha, Inglaterra, Chile, Arábia Saudita, Suíça e Dinamarca.