No passado dia 19 de outubro começou a campanha de vacinação nas farmácias portuguesas e que decorrerá até dia 31 de dezembro.
A decorrer já há 16 dias esta campanha, muitas são as farmácias que já não têm stock devido ao grande número de procura.
A RC entrevistou a Farmacêutica Maria Inês Villa-Lobos da Farmácia Diana, localizada na cidade de Évora.
Sobre esta campanha e a adesão dos utentes, explica que “está a ser muito boa porque a maior parte dos nossos utentes quer ser vacinado”. No entanto, tal como acontece em muitas farmácias no resto do país, também aqui o stock está esgotado.
A Farmacêutica explica à nossa emissora que “o número de vacinas que tem chegado é muito pequeno em relação à lista enorme de pessoas que estão em espera” e quando o stock é recarregado “desaparece em 2/3 dias”.
Nesta farmácia, até ao momento já “foram vacinadas à volta de 160 pessoas”, mas existem mais “de 300” em espera.
A Farmácia Diana fez o pedido de vacinas “muito antes da altura do inverno” e “consoante a média de pessoas que foram vacinadas no ano anterior”. Contudo, este ano devido à COVD-19, foram encomendadas mais vacinas, mas “não chegaram em número suficiente”. No total esta farmácia encomendou cerca de 500 vacinas, mas ainda não chegou todo o pedido.
A vacinação é feita “por ordem de chegada” e por marcação. Este ano devido à pandemia, houve pessoas que “deixaram o nome em julho”. Segundo a Farmacêutica Maria Inês Villa-Lobos, “houve uma corrida muito maior às vacinas” e as que chegaram “em outubro, chegaram em número baixo”.
Questionada se existe alguma contraindicação para quem já tinha tido COVID-19 e que vá ser vacinado, conta que não existe qualquer indicação sobre isso. Acrescenta que “as pessoas querem é vacinar-se antes de apanharem o COVID-19, porque com o COVID acabam por ficar mais recatadas e por já não sair, mesmo depois de apanharem e darem negativo, acabam por já não se vacinar”.
A campanha de vacinação nas farmácias tem de ser feita por recomendação médica.
Sobre a importância da vacinação contra a gripe o ano atípico que se vive, frisa que “a vacina pode ser importante na medida em que vai aumentar as nossas defesas, para que não surjam complicações maiores, para quando apanharmos o COVID, se for caso disso. Como sabemos, é um pouco incerto e é muito provável que a maior parte de nós venha a apanhar COVID, mesmo sendo assintomático. Mas estando vacinado o nosso sistema imunitário está mais reforçado e pode ser possível não apanhar pneumonias ou outras complicações a nível respiratório”.