Assinala-se hoje, dia 15 de novembro, o Dia Mundial das Vítimas da Estrada dedicado à memória das pessoas falecidas ou feridas em desastres de viação em todo o mundo. Neste dia é, igualmente, prestada homenagem às equipas de emergência, à polícia e aos profissionais médicos que diariamente lidam com as consequências traumáticas da sinistralidade.
A PSP alerta e divulga as estatísticas ligadas às mortes na estrada e as suas prevenções.
É de notar que este é um problema recorrente em Portugal, registando-se na última década 6880 vítimas mortais em resultado direto da sinistralidade rodoviária.
De acordo com a Global Road Safety Report_2018 – Summary – WHO, resultante dos acidentes rodoviários a nível mundial, anualmente, em média falecem 1,35 milhões de pessoas, cerca de 3700 pessoas por dia ou 1 pessoa a cada 24 segundos, para além de 50 milhões que ficam feridas.
A nível europeu, de acordo com a Base de Dados da União Europeia sobre Acidentes de Circulação Rodoviária – CARE, faleceram nas estradas europeias 21 700 pessoas, o equivalente a 60 pessoas por dia e 1,09 milhões sofreram ferimentos, dos quais, 179 mil com gravidade.
Em Portugal, em 2018, morreram nas estradas portuguesas 625 pessoas e ficaram feridas 43 330, das quais, 1 995 em estado grave.
Deste total nacional, na área da Polícia de Segurança Pública (PSP), foram registados em 2018:
· Acidentes com vítimas 15 642;
· Vítimas mortais 83;
· Feridos graves 771;
· Feridos leves 18 274.
Os dados do ano de 2019, a nível nacional, são os seguintes:
· Acidentes com vítimas 16 341;
· Vítimas mortais 107;
· Feridos graves 788;
· Feridos leves 19 063.
Ainda assim, verificamos que, tanto a nível global como nacional, o panorama da sinistralidade rodoviária e das suas consequências tem vindo a melhorar consistentemente:
Evolução da sinistralidade na União Europeia (UE28) – nº de vítimas mortais
Fonte: Comissão Europeia, CARE
Fonte: ANSR
Uma das principais causas da sinistralidade, altamente potenciadora de ferimentos e danos graves, é a velocidade excessiva. Quanto maior é a velocidade do veículo, menor é o tempo de reação disponível para evitar qualquer obstáculo e/ou corrigir a rota da viatura e, inversamente proporcional, maior é a distância necessária para imobilizar por completo o veículo.
O aumento de velocidade como forma de “chegar mais depressa” é um falso sentimento, porquanto numa viagem de 10 km em circuito maioritariamente com limite de velocidade de 80 km/h implica o dispêndio de 8 minutos e 10 segundos. Se realizada a mesma viagem a uma velocidade de 100 km/h implicará o dispêndio de 6 minutos e 25 segundos. Ou seja, a poupança de menos de 2 minutos implica a prática de uma infração grave.
De acordo com a OMS (2018), e tendo como referência a velocidade máxima permitida, diminuir a velocidade em 5% traduz-se na redução em 30% da probabilidade de ser interveniente num acidente de viação com consequências graves.
Nesta senda, a Polícia de Segurança Pública (PSP) continuará a apostar na proatividade policial, realizando operações de fiscalização de controlo da velocidade em locais propensos a acidentes de viação, também com base na estatística dos acidentes registados.