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Há 10 anos sem serviços de saúde, aldeia do concelho de Aljustrel volta a ter extensão de saúde

A aldeia de Rio de Moinhos, no concelho de Aljustrel, vai ter uma extensão de saúde, orçada em 246.500 euros, para dar resposta a uma reivindicação antiga da população, há 10 anos sem serviços de saúde na localidade.

O anúncio de procedimento relativo ao concurso público, da responsabilidade da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), foi publicado em Diário da República na segunda-feira e tem o preço-base de 246.500 euros.

A empreitada tem um prazo de execução de 12 meses, estando garantida uma comparticipação comunitária de 85% do valor total, através do programa operacional regional Alentejo 2020.

Para o presidente da Câmara de Aljustrel, no distrito de Beja, a construção da extensão de saúde em Rio de Moinhos é uma “ambição muito antiga” da população e também da autarquia, que se envolveu ativamente no processo.

“Houve um empenho forte com ações concretas e concretizadas por parte do município”, observou Nelson Brito em declarações à Lusa, dando como exemplo o facto de a câmara ter cedido “o terreno para a edificação do futuro equipamento”, elaborado os projetos de arquitetura e de especialidades, e isentado o projeto de controlo prévio.

A par disto, vamos “comparticipar também financeiramente a operação relativa à construção da extensão de saúde de Rio de Moinhos”, acrescentou o autarca alentejano eleito pelo PS.

Tudo isto, disse, representa um apoio municipal que pode ascender “a cerca de 100 mil euros”.

Segundo Nelson Brito, a construção deste equipamento em Rio de Moinhos vai “em contramão” com o que sucede pelo país fora, onde respostas de saúde desta natureza estão a fechar.

“Vamos reabrir um serviço que há mais de 10 anos não existe nesta freguesia e, estando feita essa obra, vamos poder ter profissionais de saúde ali a trabalhar. É uma grande vitória para a população de Rio de Moinhos”, sublinhou.

O autarca frisou ainda que são projetos como este que podem “contrariar aquela que parece ser uma fatalidade para o interior” do país, o despovoamento.

“A par da economia e da empregabilidade que esta gera, é mantendo direitos básicos e essenciais às populações, como é o caso da saúde, da educação e de serviços de proximidade, que conseguimos estancar o êxodo [de pessoas] e ambicionar ter mais população no território”, concluiu.

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