Tal como a Rádio Campanário já havia avançado, a Câmara Municipal de Évora, reuniu esta terça-feira, dia 14 de abril, com a Associação Comercial do Distrito de Évora, com os comerciantes e os empresários locais a fim de os auscultar sobre a intenção de instalar um empreendimento comercial, junto às Portas de Avis.
Uma reunião muito participada e que vem no seguimento de outras que o município está a realizar, para que todos os comerciantes e empresários “possam manifestar a sua opinião sobre o assunto”.
Carlos Pinto de Sá, presidente da edilidade eborense, em declarações a esta Estação Emissora, refere que “foram expressas muitas opiniões, diferenciadas, algumas em sentido contraditório e que registamos”, acrescentando, “houve um consenso muito grande relativamente à necessidade de revitalização do centro histórico e que tem que passar pela colaboração e cooperação entre todas as entidades e também passar por políticas governamentais que assegurem a possibilidade de inverter a tendência de despovoamento que os centros históricos portugueses têm registado”.
Sobre a Câmara Municipal de Évora ter preferência pela opção junto às Portas de Avis e com isso realizar algum capital, visto ser a detentora dos terrenos, em detrimento da conclusão do Évora Shopping, Carlos Pinto de Sá diz que para já “não queria concluir nada sobre os centros comerciais, aquilo que que nós transmitimos é que, uma vez que a legislação nacional não nos dá a possibilidade de decidir se há ou não centro comercial e nem sequer nos permite dizer onde é que pode situar-se, aquilo que dissemos é que vemos com melhores olhos um empreendimento que nós possamos influenciar no sentido de minorar os impactos negativos e potenciar os eventuais impactos positivos, do que ter um empreendimento com esta dimensão, onde não possamos ter qualquer influencia”.
Questionado sobre o fim a dar ao Évora Shopping, visto representar um mau cartão-de-visita para a cidade Património Mundial, o autarca refere que, “desse ponto de vista é uma obra que está parada, não teve seguimento e é um mono que ali está, mas a câmara não tem qualquer possibilidade de intervir, é um empreendimento privado”.
O presidente da Câmara de Évora afirma que “Évora só terá capacidade para um centro comercial, isso foi objeto de estudo e consideramos que aponta nesse sentido, Évora quanto muito poderá apenas suportar um centro comercial”.