Portugal está preparado para antecipar a campanha de vacinação contra a covid-19. Está previsto que a Agência Europeia do Medicamento (AEM) possa aprovar a primeira vacina para o novo coronavírus eventualmente a 21 de Dezembro.
Na conferência de imprensa desta tarde, dia 15 de dezembro, Rui Portugal, subdirector da Direcção-Geral da Saúde (DGS), afirmou que “é muito bom que tenhamos uma antecipação que não traga maior risco em termos de segurança (…). Se isso de facto acontecer, teremos uma antecipação de oito dias em relação àquilo que é a vacinação e todo o esforço deve ser feito para que todas as questões logísticas sejam antecipadas por oito dias e certamente que os meus colegas terão isso em conta”.
Rui Portugal lembrou todavia que as vacinas não serão um substituto das medidas de controlo não farmacológicas, nomeadamente na quadra natalícia.
“Vamos ter que continuar, durante um determinado tempo que pode ser mais ou menos longo, a ter atitudes correctas relativamente às protecções individuais e colectivas”, esclarece Rui Portugal.
O subdiretor da DGS acresce que as vacinas não têm eficácia “de 100%” e que “não sabemos se uma pessoa vacinada é uma pessoa protegida por muito tempo relativamente à doença, nem podemos garantir que estas vacinas, tal como as conhecemos agora, e que podem imunizar relativamente à doença, tenham o mesmo efeito relativamente à transmissibilidade dessa mesma doença”.
O responsável da DGS Garante ainda que “a intenção da recusa vacinal” em Portugal “é baixa ou muito baixa”.
O coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 avançou ao PÚBLICO, que na próxima quinta-feira deverão ser revelados mais detalhes sobre a preparação para o início da vacinação.
(Fonte: Público)
