Uma manifestação realizada esta quarta-feira em Lisboa, dos funcionários públicos contra algumas medidas do governo, levou a que dezenas de crianças do concelho do Alandroal ficassem sem transporte escolar e consequentemente sem refeições.
Segundo conseguimos apurar devido ao pessoal afeto ao sector dos transportes do Município de Alandroal se ter deslocado à referida manifestação as crianças de Pias, Santiago Maior, Juromenha, Mina do Bugalho e Rosário não tiveram transporte para ir assistir às aulas.
Segundo um documento a que tivemos acesso, a Câmara Municipal informou ainda, que neste dia os alunos não tinham assegurado o transporte para o desporto escolar e para os almoços.
Por várias vezes a Rádio Campanário contatou a Presidente da Câmara Municipal de Alandroal que esteve sempre indisponível para prestar declarações sobre este assunto.
O Diretor do Agrupamento Vertical de Alandroal, Tomé Laranjinho, em declarações à Rádio Campanário, confirma que “os alunos do pré-escolar e primeiro ciclo ficaram privados de chegar às escolas e efetivamente os alunos não tiveram nem transporte, nem transporte dos almoços”.
Relativamente aos almoços, segundo o Diretor do Agrupamento valeu a entreajuda entre pais que “deram almoço a alunos que os seus pais não tiveram conhecimento.”, acrescentando ainda que foram “bastantes” os alunos que não foram à escola.
Questionado sobre a hora a que foi o agrupamento avisado desta alteração, Tomé Laranjinho diz que “ nesta situação os funcionários não são obrigados a informar a entidade patronal e pura e simplesmente estes poderiam apenas não comparecer, mas felizmente informaram”.
Sobre uma possível alternativa que a câmara poderia ter arranjado o responsável do agrupamento diz que “teria de haver um plano B para todos os dias, pois pode haver uma greve, pode haver ruma manifestação e nestes casos não se sabe quem faz e quem não faz”.
Por sua vez Ana Mira, responsável pela Associação de Pais de Alandroal, diz que “ foi uma situação bastante desagradável e que é de lamentar pelo fato de se tratar de um pilar base que é a educação”.
A representante dos pais, afirma ainda que “é um sector em que a Câmara não deveria falhar”, acrescentando ainda que “os funcionários têm direito a manifestar-se, mas deveria ter assegurado o transporte das crianças e da alimentação”.
Ana Mira diz ainda que “basta um funcionário dos transportes de uma determinada rota faltar, as crianças ficam privadas de ir à escola e de ter almoços”.