Segundo um documento a que a TVI teve acesso, o acompanhamento da viatura de transporte de vacinas à saída do Hospital de Évora, teria que ser efetuado pela Guarda Nacional Republicana, não havendo justificação de intervenção por parte da PSP.
Recorde-se, como a RC noticiou, na passada segunda-feira a PSP terá bloqueado indevidamente o transporte das vacinas à saída do Hospital de Évora, que estava a ser escoltado pela GNR.
No documento à qual a TVI teve acesso, lê-se, “a GNR assegura o desembaraçamento de trânsito nos itinerários que compreendem passagens por áreas de responsabilidade de ambas as forças”. Por desembaraçamento entende-se a abertura de caminho, acompanhamento e guarda permanente do medicamento.
No mesmo documento, é explicado que a Polícia de Segurança Pública (PSP) apenas pode reforçar a segurança quando o transporte se encontra na sua área de ação, uma situação que se verificou ontem.
Segundo avança o Observador, o problema foi o bloqueio à saída, uma vez que “a PSP assegura o desembaraçamento de trânsito apenas quando o fim do percurso se realize na sua área“, o que não era o caso, uma vez que o veículo tinha como destino final o Algarve.
Ao que a TVI apurou, o polícia que chefiava a PSP em Évora terá dado uma ordem para que a GNR abandonasse o transporte, voltando a acompanhá-lo no limite da área de jurisdição da PSP, sendo que a Guarda não aceitou a ordem, tendo originado assim o bloqueio.
Horas após o incidente, o Ministério da Administração Interna anunciou a abertura de um inquérito urgente para avaliar o sucedido.