Auroral é o nome do projecto europeu, avaliado em mais de 16 milhões de euros, e que é liderado, a nível europeu, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo – CCDR-A, tem como missão “dotar as regiões rurais europeias de um ambiente digital integrado potenciador de serviços comparáveis aos das regiões economicamente mais densas”, através do reforço da conectividade e interoperabilidade de plataformas existentes, e, assim, diminuir o fosso digital entre áreas urbanas e rurais.
Para além da liderança da iniciativa europeia, o Alentejo vai ser ainda palco de quatro acções piloto para o desenvolvimento de comunidades rurais inteligentes.
De acordo com a notícia avançada pela SmartCities- Cidades Sustentáveis, o projecto, que se intitula Auroral – Architecture for Unified Regional and Open digital ecosystems for Smart Communities and wider Rural Areas Large scale application, arrancou oficialmente no início do mês e vai prolongar-se durante quatro anos.
Com ele espera-se crescimento económico e criação de emprego em zonas rurais, afectadas pelos desafios da baixa densidade populacional.
Ao desenvolver o ecossistema digital destas regiões, o projecto pretende também ajudar a reduzir as assimetrias no acesso digital entre as áreas urbanas e rurais.
Com um orçamento global de 16,3 milhões de euros, o Auroral é financiado pelo programa comunitário Horizonte 2020, do qual irá receber cerca de 14,5 milhões de euros. Em território nacional, e com cerca de 2,6 milhões alocados à participação portuguesa, o projecto dá continuidade ao trabalho que a região do Alentejo tem já desenvolvido na área digital, reforçando esta componente em domínios como o património, cultura, indústrias criativas e turismo.
Segundo o portal do Auroral, Sines, São Pedro do Corval, Pias e Arronches são as quatro localidades portuguesas escolhidas para os pilotos, sendo que, em cada uma, a actuação do projecto está alinhada com eixos já definidos pela estratégia de desenvolvimento regional da ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, que participa também na iniciativa.
Em Sines, o foco está no empreendedorismo digital e desenvolvimento de incubadoras e clusters tecnológicos; São Pedro do Corval vai aproveitar a comunidade artística e a sua herança relacionada com o artesanato e a cerâmica; por sua vez, o envelhecimento saudável e a qualidade de vida serão os temas de Pias; e, por fim, em Arronches, o projecto vai debruçar-se sobre o uso eficiente dos recursos públicos na mitigação das alterações climáticas. Para além do Alentejo, o projecto contempla ainda pilotos em oito outras regiões europeias.