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Hoje é o último dia de produção de eletricidade da Central de Sines. Processo de desativação poderá demorar cinco anos

Esta quinta-feira, dia 14 de janeiro, marca o último dia de produção de eletricidade na Central de Sines, em Setúbal.

Como a RC noticiou, este encerramento de produção de eletricidade da Central de Sines é marcado pela desativação dos equipamentos, um processo que levará cerca de cinco anos, continuando em aberto o futuro desta infraestrutura.

Em dezembro, o ministro do Ambiente disse ver com “grande satisfação” o fecho da central termoelétrica a carvão de Sines, depois de a EDP ter sido autorizada a fazê-lo a partir de 15 de janeiro. Uma Fonte oficial da EDP revelou que, “o dia 14 de janeiro será o último dia em que a Central de Sines estará operacional (é a data em que caduca a licença de produção), encerrando depois em definitivo a partir de dia 15 de janeiro”, avança a Lusa.

Nessa data, acrescenta, “a central já terá queimado todo o stock de carvão remanescente, pelo que irá iniciar-se a desativação de todos os equipamentos que até agora eram necessários para a produção de energia”. “Estes trabalhos inserem-se numa primeira fase de descomissionamento, a que se segue o desmantelamento da infraestrutura, num processo que deverá durar sensivelmente cinco anos”, refere a mesma fonte à Lusa.

Questionada sobre informação mais detalhada sobre o futuro dos trabalhadores, a EDP esclareceu que “essa informação ainda não está disponível, dado que o processo de conversação ainda decorre”.

Em relação ao futuro das infraestruturas, a EDP adianta que “continua em estudo a possibilidade de desenvolver projetos que possam aproveitar parte das infraestruturas existentes naquela localização”.

“O projeto para produção de hidrogénio verde é uma dessas possibilidades, mas está ainda numa fase de estudo com vários parceiros. O projeto H2Sines, como é público, nasceu neste contexto como uma parceria que integra várias empresas — entre as quais a EDP, a REN, a Galp, a Martifer, a Vestas e a Engie — para avaliar a viabilidade da criação de uma cadeia de valor do hidrogénio verde em Portugal destinado ao consumo nacional e à exportação para o norte da Europa”, acrescentou.

O fecho da central de Sines esteve inicialmente apontado para 2023, uma vez que dependia da entrada em funcionamento das barragens do Alto Tâmega e a construção de uma nova linha de eletricidade entre Ferreira do Alentejo e o Algarve, ambas ainda por concluir.

A EDP recebeu, entretanto, as autorizações necessárias para encerrar a atividade na central a carvão de Sines. 

Segundo o governante com a pasta do Ambiente, a DGEG e a REN – Redes Energéticas Nacionais decidiram que é seguro encerrar a atividade de produção de energia poluente em Sines, “em face da redução de consumos que existiu também consequência da covid-19, e com uma concertação da manutenção de todas as outras infraestruturas que produzem eletricidade e que podem ser ‘backups'”.

 

(Fonte: Lusa)

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