O Ministério Público vai investigar os casos relacionados com a toma indevida de vacinas contra a covid-19.
A notícia é avançada pelo Diário de Notícias que avança que entre os inquéritos instaurados está a vacinação da diretora da Segurança Social de Setúbal, Natividade Coelho, que se demitiu do cargo após o caso ter sido tornado público, e a inoculação de funcionários de uma pastelaria do Porto e do proprietário de um restaurante na mesma, a mando do diretor regional do Norte do INEM, António Barbosa, que também colocou o lugar à disposição.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), conforme indica o DN, diz que estão sob investigação ainda os processos de vacinação relacionados com o INEM de Lisboa, com o Centro de Apoio de Idosos de Portimão, e com instituições particulares de solidariedade social de Vila Nova de Famalicão, Arcos de Valdevez, Bragança, Seixal e Montijo. “Este trabalho de pesquisa prossegue ainda relativamente a outras situações que também têm vindo a público”, refere a PGR.
Recorde-se que, tal como a Rádio Campanário noticiou no passado dia 22 de janeiro, e de acordo com a notícia avançada pelo Jornal Expresso, José Calixto, presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, foi vacinado contra a Covid-19, não pertencendo a nenhum dos grupos prioritários da primeira fase de vacinação. Segundo avançou, à data, o Expresso, o autarca procedeu à toma da vacina por ser o presidente da fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva
O Ministério da Saúde considerou já “inaceitável” qualquer utilização indevida de vacinas contra a covid-19, alertando que este ato pode ser “criminalmente punível”, e pediu ao grupo de trabalho (‘task force’) que prepare uma lista de outras pessoas prioritárias.