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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Pandemia agrava condições de vida: Imigrantes recebem apoio da Cáritas de Beja

À exploração de que são alvo nas atividades agrícolas do Baixo Alentejo, juntou-se agora a Pandemia Covid 19 para piorar as condições de vida de várias centenas de imigrantes que por aí asseguram o trabalho da terra.

Vindos da África subsariana — Senegal, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Gâmbia e Gana, do subcontinente indiano — Nepal, Índia, Paquistão, Bangladesh, ou também do Leste europeu — Ucrânia, Roménia e também do Brasil, centenas de trabalhadores vivem à margem da comunidade e é à Cáritas de Beja que têm chegado pedidos de várias formas, muitas vezes até camuflados.

Estes trabalhadores apresentam dificuldades de vária ordem: residência, falta de documentos, precariedade de emprego, condições de habitação desumanas, fome até e é na Cáritas, diz o seu Presidente, que encontram a única porta aberta para encontrarem o apoio que necessitam.

A pensar nestas pessoas e desde 2019 que pela Cáritas já passaram mais de 1200 imigrantes, a instituição tem estabelecido parcerias com as autarquias, em especial Ferreira do Alentejo e Beja, para em conjunto se arranjarem soluções.

Foi com estes esforços que se criou o Centro Local de Apoio aos Imigrantes, se avançou com a mediação cultural (parcerias com as Câmaras de Ferreira do Alentejo e Beja), o Programa Escolar (para os imigrantes e os seus filhos, com enormes problemas de adaptação à língua), dificultado pela Pandemia e mais recentemente o pedido à autarquia de Beja para manter os pontos Hi-Fi livre na cidade para os imigrantes não fiquem ainda mais isolados.

São problemas muito complicadores e de difícil resolução, para os quais a instituição tem procurado mediar e encaminhar.

A Pandemia veio afectar tudo e todos e e os imigrantes agrícolas não fogem à regra, diz Isaurindo Oliveira, Presidente da Cáritas Diocesana de Beja.

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