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Castelo de Vide vai acolher plantação de canábis para fins medicinais

 

Uma plantação de canábis para fins medicinais, num investimento de um milhão de euros, deverá ser instalada numa propriedade com oito hectares em Castelo de Vide (Portalegre), a partir de maio.

Conforme notícia avançada pelo Observador, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, explicou que a propriedade fica situada na freguesia rural de Póvoa e Meadas, sendo o projeto desenvolvido pela empresa multinacional Bio Leaf Health, Lda. “Os processos de licenciamento são dois, em relação a este projeto. Já entrou um pedido prévio na câmara municipal para a parte urbanística e a outra parte corre no Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde”, disse.

De acordo com o autarca, a “maioria” dos oito hectares da propriedade vai ser plantada, tendo a empresa já criado, nesta altura, cinco postos de trabalho.

A empresa está ainda a ponderar, quando a zona industrial de Castelo de Vide for inaugurada, no verão, poder efetuar uma ampliação do projeto”, admitiu.

Desta forma, “todo o processo, desde a plantação até à preparação para a exportação” poderia “ser feito em Castelo de Vide”, o que seria “naturalmente benéfico para o concelho”, realçou o autarca.

Em esclarecimentos enviados à Agência Lusa,  o diretor técnico da empresa Bio Leaf Health Lda, João Fragoso, explicou que este investimento “divide-se em várias partes”, conforme a produção e o mercado forem crescendo.

O investimento inicial é realmente de um milhão de euros”, confirmou João Fragoso, admitindo que poderá vir a ser investido “outro tanto” na zona industrial de Castelo de Vide garantindo ainda que a produção oriunda desta zona alentejana será “em grande parte bio” e que “a ideia é crescer” com o mercado.

João Fragoso esclareceu ainda que o projeto pretende, no futuro, criar mais postos de trabalho, estando neste primeiro ano ainda prevista a criação de mais um emprego fixo. Se tudo correr conforme o planeado”, vão poder ser ainda criados “sete a 10” postos de trabalho sazonais no ano inaugural, acrescentou.

A empresa quer também “criar um pequeno laboratório na área da produção, o que implicará a criação de mais postos de trabalho qualificados“, embora esta valência faça parte de “uma segunda fase do projeto, a ter lugar para o fim deste ano ou início do próximo”, acrescentou.

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