Empresários da região do Baixo Alentejo defendem que Beja deve ser considerada como alternativa para a expansão do aeroporto de Lisboa.
Após o chumbo da construção do aeroporto do Montijo, Alcochete volta a ficar em cima da mesa. No entanto, Filipe Pombeiro, presidente da NERBE – Associação Empresarial do Baixo Alentejo, considera que valorizar o aeroporto de Beja, uma infraestrutura já existente que está “a meio caminho entre Lisboa e o Algarve”, poderia resolver o impasse e dinamizar o turismo na região.
Segundo avança o Dinheiro Vivo, a consultora FIRMA, de Bernardo Theotónio-Pereira e Bernardo Pires de Lima, criou igualmente uma equipa de trabalho para apresentar “uma proposta concreta e viável focada no combate à desertificação do território nacional e na eficiente utilização dos recursos existentes”. Assim, a consultora propõe que o Aeroporto Portugal Sul seja acompanhado pela criação da ligação ferroviária de alta velocidade nacional.
A opção de Alcochete voltou a estar em cima da mesa quando, no início da semana, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) anunciou que não vai fazer a apreciação prévia da viabilidade da construção do Aeroporto Complementar no Montijo, por haver municípios afetados pela infraestrutura que deram parecer desfavorável ao empreendimento.
Ainda que não o veja capaz de substituir um aeroporto nacional, a própria ministra da Coesão Territorial tem vindo a defender que “não podemos ter um aeroporto como o de Beja sem o valorizar”, avança o Dinheiro Vivo.
“A solução que a FIRMA preconiza assenta na criação de um binómio aeroportuário conectável por linha ferroviária de alta velocidade que permitirá maximizar o posicionamento geográfico estratégico de Portugal enquanto Porta Atlântica, potenciando (via Porto Sines e Aeroporto Portugal Sul) a plataforma europeia ideal para poder servir não só os mercados europeus e asiáticos mas também os mercados do atlântico norte e sul”, explica o Managing Partner da FIRMA