Além Risco” é a designação do projeto que pretende envolver as populações dos 14 municípios do Alentejo Central na plantação de 50 mil árvores nos aglomerados urbanos, para reforçar a sua adaptação face a ondas de calor. O projeto tem o horizonte de implementação de dois anos.
O objetivo é ajudar a reduzir as ondas de calor na região, uma das mais quentes de Portugal Continental, “reduzir as “ilhas de calor”” e as “taxas de morbilidade e mortalidade”, de acordo com os promotores.
“Os modelos climáticos preveem o aumento da magnitude, frequência e duração de ondas de calor por todo o país, com particular incidência no Alentejo”, e esta exposição “pode conduzir à desidratação, agravamento de doenças crónicas, esgotamento, golpes de calor, inflamações respiratórias e problemas cardíacos”, alertou a Science Retreats promotora do projeto.
O que afeta sobretudo grupos sociais mais fragilizados e pode “resultar em danos irreversíveis na saúde, “inclusivamente” havendo o risco de “provocar a morte”.
Os três eixos de atuação do projeto passam pela elaboração de um manual de boas práticas, com “diretrizes técnicas sobre como criar uma estrutura verde de caráter urbano” capaz de ser eficaz na “redução de temperaturas altas em períodos estivais”, pela realização de “uma extensa campanha de sensibilização e de construção de parcerias” para plantar as árvores “em todos os aglomerados urbanos da região” e, em terceiro lugar, no “desenvolvimento de laboratórios vivos onde se plantarão árvores” com as comunidades locais.
O projeto, além de envolver a CIMAC, é apoiado por diversas entidades, como as fundações Calouste Gulbenkian e Eugénio de Almeida, Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo, Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva ou Cooperativa Herdade Freixo do Meio.