O presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA), Pedro Salema, garantiu à Rádio Campanário que a qualidade da água de Alqueva está assegurada, apesar da ameaça de desastre ambiental, provocado pelo jacinto-de-água, uma planta invasora que pode duplicar a sua população em cinco dias, reproduzindo-se facilmente.
Em declarações a esta Estação Emissora, Pedro Salema referiu que “existe uma ameaça que não é de hoje, já tem alguns anos e é por essa razão que a EDIA em 2012 instalou uma barreira flutuante na cabeça da albufeira para garantir que esta planta aquática que flutua, não chegue à barragem de Alqueva, aí não se instale e não se multiplique”.
O presidente da EDIA salientou que a barreira é vigiada frequentemente, “no ano passado houve muitas plantas a ficarem retidas, embora não seja eficiente a 100%”, tendo já sido colocada uma segunda barreira “e temos ainda as nossas equipas de Ambiente nestas semanas mais quentes, duas vezes por semana, com um barco dentro de água a vigiar as barreiras e a limpar e a apanhar todas as plantas que fiquem nas margens e junto à barreira para garantir que nenhuma planta passe”.
Pedro Salema disse ainda que a planta originária da zona do Amazonas, “quando encontra condições favoráveis, e Alqueva no verão é uma zona muito favorável, multiplica-se muito rapidamente e pode cobrir imensas áreas, e quando morre, no inverno, é matéria orgânica que vai deteriorar a qualidade da água”.