O medronho já tem museu no Alentejo. Trata-se de um investimento de 1.850 mil euros financiado em 65% pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional, sendo os restantes 35% de fundos da empresa HotelPor – Atividades Turísticas, SA.
Situado na Herdade de Monte Santos, junto à Aldeia de Alqueva, o Museu do Medronho abriu ao público no passado dia 20 de junho.
Um projeto que nasceu com o intuito de aproveitamento de uma área situada na Herdade de Monte Santos, até então descurada, e onde o visitante pode apreciar as várias fases do medronho, desde a planta, passando pelo fruto, a destilaria e o balcão de provas.
À Rádio Campanário, Rita Pacheco explicou que o projeto nasceu através “de uma experiencia com o fruto medronho que toda a família já havia experimentado e então fizemos uma aguardente boa e entretanto veio a ideia, porque não fazer um museu onde o medronho fosse rei”.
No Museu do medronho pode ser conhecida toda a história do medronho através de uma exposição, “onde mostra as diversas fases, a apanha do fruto, como é feita a destilação e como chegamos à aguardente”.
Segundo Rita Pacheco, o Museu do Medronho tem recebido mais visitantes portugueses, “os visitantes estrangeiros vão mas não ficam fãs” da bebida que tem um sabor forte, com o cheiro e o gosto da fruta, fazendo-se a sua comercialização entre os 40º e 50º.
O Medronheiro desenvolve-se nos bosques, no mato e nas regiões rochosas, principalmente em solos ácidos.
Os frutos, bagas vermelhas comestíveis, são utilizados para fazer licores, aguardentes e conservas.
Para produzir aguardente de medronho a fruta é fermentada em tanques de madeira ou barro. Atualmente a fermentação também se faz em depósitos de cimento, mas só em destilarias de significativa dimensão. A fermentação é natural e dura entre trinta a sessenta dias.
Depois de fermentado o produto deve ser guardado durante sessenta dias e bem protegido do ar. Este produto pode ser destilado em Alambiques ou em Destilarias.