Em declarações à Renascença, o autarca do município de Moura admite “a manter-se a visão do Governo” sobre processo de desconfinamento, “dentro de quinze dias”, o concelho vai “ficar numa fase diferente da dos outros municípios”.
Álvaro Azedo receia que “face à Páscoa, ao regresso das aulas, face ao desconfinamento possa haver uma evolução em relação aos casos positivos”, no concelho.
O autarca afirma que “os municípios com menos população são prejudicados com a atual forma de cálculo da incidência de casos da Covid-19”, e apela ao Governo para que “altere os parâmetros do desconfinamento”.
A incidência acima de 240 casos por 100 mil habitantes é uma das “linhas vermelhas” definidas pelo Governo que pode travar o processo de desconfinamento e ainda esta terça-feira o primeiro-ministro reuniu-se precisamente com os autarcas dos concelhos onde a incidência de casos está próxima dessa linha.
No final, António Costa anunciou “testagem massiva” e fiscalização nas zonas mais críticas.
O Presidente da Câmara de Moura quer “a fiscalização mais visível nas ruas, mais visível no acompanhamento dos estabelecimentos porque não posso aceitar que haja empresários que façam um esforço tremendo para ultrapassar esta fase difícil e estejam a cumprir todas as regras e que outros de facto não tenham essa atitude”.
“Eu não posso aceitar que haja na minha comunidade mourense que façam um esforço por cumprir todas as regras e haja outros não tenham a mesma postura. No ponto em que nós estamos, todos têm de perceber que estamos no mesmo barco e esta é a hora da responsabilidade total quer dos municípios, quer dos seus munícipes, e quer de todas as instituições”, diz.
In rr.sapo.pt