Os proveitos das unidades de alojamento turístico apresentam uma queda de 90,5% em fevereiro, face ao mesmo mês de 2020, para 18,6 milhões de euros, enquanto o número de dormidas desceu 87,7%, para 472,9 mil, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O Alentejo apresentou uma diminuição de 84,2% nas dormidas de não residentes.
“Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 18,6 milhões de euros no total e 14,3 milhões de euros relativamente a aposento, correspondendo a variações de -90,5% e -89,7%, respetivamente (-81,4% e -81,0% em janeiro, pela mesma ordem)”, conforme o INE.
Em fevereiro, o país esteve em confinamento para travar a pandemia de covid-19, e o alojamento turístico teve 208,2 mil hóspedes, o que representa menos 86,9% que no mesmo mês do ano passado, e 472,9 mil dormidas, menos 87,7% (-78,8% e -78,5% em janeiro, pela mesma ordem).
De acordo com o INE, desde o início da pandemia, fevereiro foi o terceiro mês com maior redução do número de dormidas, tendo sido apenas ultrapassado por abril e maio de 2020 (-97,4% e -95,8%, respetivamente).
De acordo com os dados do instituto, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 5,7 euros em fevereiro, diminuindo 80,1% (-71,7% em janeiro).
O rendimento médio por quarto ocupado atingiu 47,2 euros em fevereiro, o que se traduziu numa variação de -27,9% (-20,0% em janeiro).
O INE explica que o comportamento do alojamento turístico em fevereiro foi influenciado “pelo maior impacto da pandemia covid-19 nos festejos de Carnaval” este ano na comparação com há um ano atrás, além do efeito de calendário, já que este ano o mês teve 28 dias e em 2020 teve 29.
Em fevereiro, foram 61,8% as unidades de alojamento que estiveram encerradas ou não registaram movimento de hóspedes, o que representa uma percentagem mais elevada que os 57% verificados no mês de janeiro.
Todas as regiões do país apresentaram “decréscimos expressivos” nas dormidas, superiores a 75%, com as menores descidas no Alentejo (-75,9%) e Região Autónoma dos Açores (-78,1%) e as maiores quedas na Região Autónoma da Madeira (-92,6%), Algarve (-91,9%) e Àrea Metropolitana de Lisboa (-88,5%), especifica o INE.
Quanto aos proveitos, o INE sublinha que “todas as regiões registaram decréscimos expressivos”, com destaque o Algarve (-94,2%), Madeira (-92,8%) e Área Metropolitana de Lisboa (-92,8%).
O setor do alojamento divide-se em três segmentos e em todos a evolução dos proveitos foi negativa: na hotelaria a queda foi de 91,6%, no alojamento local de 83% e no turismo no espaço rural e de habitação de 78,4%.