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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

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Borba: Empresa canadiana Colt Resources procura minas de ouro

A utopia do “ouro alentejano” não é uma ideia nova. Para os céticos, a riqueza das planícies está no azeite, na cortiça e no mármore, já para os crentes, o ouro pode representar o enriquecimento da região e das suas gentes.

Desde 2011 que a empresa canadiana Colt Resources tem feito prospeções de ouro no Alentejo, sobretudo na Boa-Fé, distrito de Évora, onde foram descobertas zonas com consideráveis jazidas de ouro. Contudo parte da população, alguns partidos políticos e muitos ambientalistas já contestaram a exploração do minério.

Recordemos ainda que, o projeto de exploração mineira na Boa-Fé foi chumbado pela Assembleia Municipal de Évora, em Setembro do ano passado, por não ser considerado projeto de interesse municipal.

Para além de a mina ficar situada numa zona classificada de Rede Natura 2000, a exploração de ouro afetaria também a agricultura, a pastorícia e o turismo, o que não iria compensar o aumento dos postos de trabalho nem o investimento financeiro.

No início de 2013, a Colt Resources juntamente com britânica Star Mining, assinaram um memorando de entendimento alusivo à concessão experimental de Borba no que respeita, também, á procura de ouro. Já este ano, as propostas de concessão e exploração do minério foram entregues ao governo.

A licença de exploração de Borba situa-se na zona “Ossa-Morena”, onde também se enquadram os projetos de Montemor e da Boa-Fé.

A zona de Borba, mais conhecida pela produção de mármores de alta qualidade para exportação, teve até ao início do século XX pequenas minas onde se produzia cobre, sobretudo na Mostardeira, Miguel Vacas, Bugalho e Mociços.

Mais tarde entre 1986 e 2006, empresas como a Rio Tinto continuaram a explorar o minério nesta zona, focando-se no grande potencial de ouro nesta área, o que levou à descoberta de várias anomalias, posteriormente pouco exploradas, tal como Almagreira e Torre.

Dos 150 milhões de euros previstos para o investimento dos canadianos em Portugal, cerca de 60 milhões estão destinados ao Alentejo, já numa fase muito avançada da exploração.

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