Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda, dois amigos de longa data que têm o gosto em comum pela música, juntaram-se há cerca de 20 anos em Beja e nunca mais se separaram.
Desta junção, a par dos projetos pessoais que cada um desenvolve, nasceram os Virgem Suta, conhecida banda musical que em 2009 editou o seu primeiro trabalho discográfico, com o nome da banda e que os lançou no mercado.
Em Abril de 2010 é reeditado o seu primeiro álbum com a inclusão de dois temas novos (“Tanto por Dizer» e “Menina Princesa”) e um DVD com oito temas gravados na Galeria do Desassossego, em Beja.
No ano de 2015 brindam o público com “Limbo” o seu terceiro disco de originais.
A Rádio Campanário foi conhecer melhor esta banda com raízes alentejanas e falou com Nuno Figueiredo, um dos vocalistasda banda, que nos contou um pouco do percurso da mesma e nos deu conta que está a ser preparado o quarto trabalho musical.
Nuno Figueiredo contou-nos ainda como esta banda e os seus elementos viveram em tempo de pandemia e sujeitos a confinamento referindo “foram tempos difíceis e de incerteza” especificando que pairava “uma grande incerteza quando isto iria melhorar o que ainda hoje não se sabe.”
“Depois da depressão, numa fase estranha que de início não foi nada proveitosa, veio a vontade de voltar a fazer canções e voltámos a trocar ideias e começámos a preparar um disco novo, que ainda não foi lançado porque percebemos que este ano também será um ano estranho” acrescentou ainda o vocalista.
Para Nuno Figueiredo dos Virgem Suta, nesta fase difícil “não havia vontade de criar”.
O novo trabalho vai ter canções anti-covid como refere o vocalista dos Virgem Suta que nos explicou que as músicas constantes neste álbum vão ser anti-depressivas acrescentando “vamos falar de uma vida nova, de coisas boas, do quotidiano português, sem nuvens negras a pairar” descrevendo este novo disco como um disco positivo, optimista, com luz e com boa onda.
Quanto a projetos para o futuro os Virgem Suta, para além do projeto em grupo, ambos os vocalistas desenvolvem projeto individuais.
Para este ano os Virgem suta esperam tocar o mais possível e, até final do ano, estão já marcados diversos espetáculos, agendados também para o Alentejo dada a sua participação no festival de Música do Baixo Alentejo.
Questionado pela Rádio Campanário se na música dos Virgem Suta se podem encontrar as raízes alentejanas e sentir o Alentejo, Nuno Figueiredo refere que sim acrescentando “ uma das coisas que caracteriza os Virgem Suta é ter isso marcado nas letras, nas histórias que conta, o quotidiano da terra alentejana.”
“Os nomes, as palavras, as expressões, os universos que nós vamos descrevendo vão sempre de experiência que já tivemos e de coisas que já vimos no Alentejo” acrescentou sublinhando ainda “aquilo que vivemos e cantamos é um bom espelho da realidade do Alentejo.”
Nuno Figueiredo termina deixando um convite para que assistam aos concertos do grupo e, desta forma, possam passar cerca de uma hora e meia divertida.
Os VIRGEM SUTA são uma das bandas que melhor representa a nova geração do pop- rock cantado em português.
Dois vocalistas, conhecidos pelo humor apurado e pela boa disposição, atraem o público e conquistam-no de forma a que nem se dá pelo tempo passado nos seus concertos.
Trazem na voz o amor à música e representam com muito orgulho o Alentejo que, estejam onde estiverem, está presente em cada acorde musical, em cada palavra cantada e cada experiência vivida
Ana Rocha