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Agressões a comerciantes em Reguengos de Monsaraz podem não ter sido caso isolado

Tal como a Rádio Campanário noticiou no passado sábado, dia 17 de julho, um grupo de agressores causou o pânico nas ruas de Reguengos de Monsaraz. Um indivíduo começa por sair do carro e agredir com violência uma das pessoas presentes. No final do vídeo divulgado entretanto nas redes sociais, verifica-se que há uma vitima que é atropelada por veículo de ligeiros durante os desacatos, levantando-se posteriormente.

Após a divulgação deste mesmo vídeo, a GNR  veio esclarecer que, atendendo ao vídeo que circula nas redes sociais e demais plataformas, relativamente às agressões ocorridas num estabelecimento, na área de atuação do Posto de Reguengos de Monsaraz, pelas 22h30 do dia 16 de julho, a GNR esclarece que a patrulha às ocorrências foi chamada a um estabelecimento de venda de bebidas ao público, uma vez que um grupo de indivíduos tentava entrar e foi-lhes vedado o acesso porque não se faziam acompanhar do respetivo certificado digital COVID.

Chegada ao local, segundo a GNR adiantou,  a patrulha tentou cessar o desentendimento, mas dada a quantidade de pessoas no local, acionou os meios de reforço, de forma a preservar a segurança e a integridade física dos demais envolvidos e dos próprios militares da GNR.

Logo imediatamente após a ocorrência e já com os reforços, foram apreendidas as duas viaturas e o suspeito identificado. Tendo em conta a natureza do  crime, foi chamada a Polícia Judiciária, que efetuou perícias às viaturas e dará continuidade à investigação.

Conforme o comunicado enviado à nossa redação, a GNR esclarece que será instaurado processo de averiguações para apuramento de eventual responsabilidade disciplinar relativamente à atuação dos militares da GNR.

Os incidentes ocorridos na passada sexta-feira, segundo notícia avançada pelo Semanário Sol, podem já ter acontecido anteriormente.

De acordo com o Sol esta não é a primeira vez que um grupo de agressores ameaçou e agrediu comerciantes nesta cidade alentejana, adiantando que outra situação semelhante terá ocorrido, recentemente, quando um estabelecimento se negou a vender bebidas alcóolicas a um grupo do qual faziam parte  alguns dos mesmos membros responsáveis pelos desacatos de sexta-feira.

A ocorrência suscitou de imediato uma reação por parte de André Ventura, presidente do CHEGA que acusa ‘impunidade’ da comunidade cigana, uma vez que, segundo o SOL, dos agressores são indivíduos de etnia cigana.

André Ventura, conforme informação da mesma fonte,  acusou PS, PSD e Bloco de Esquerda de serem “os grandes responsáveis por permitir que este clima se adense e a comunidade cigana não seja chamada à sua responsabilidade”; solicitou ainda um pedido de audição de Eduardo Cabrita e do presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto.

O líder do partido Chega referiu  “Aquilo que aconteceu em Reguengos é a todos os títulos miserável, mas também revelador: uma grande maioria de ciganos vive numa bolha de impunidade e acha-se no direito de ignorar por completo as leis da República”, começou por atacar Ventura, que deixou ainda uma certeza: A comunidade cigana tem de ser chamada à responsabilidade, “e, no que depender do Chega, vai ser”.

Também Rui Rio, dirigente do PSD, pediu esclarecimentos sobre a atuação da GNR.

António Barreira, coordenador da Região Sul da Associação dos Profissionais da Guarda , também já se pronunciou, referindo à mesma fonte que “Os sucessivos governos têm feito a casa pelo telhado”  destacandoHá uma escassez humana muito grande. O poder político tem solicitado à GNR vários tipos de missões, contudo, não lhe deu as condições para organizar os homens e as mulheres”. Para este responsável “os sucessivos governos têm feito a casa pelo telhado porque atribuem mais valências à GNR mas, ao nível de cursos de formação não dão entrada de novos elementos para colmatar as saídas”.

O destacamento da GNR de Reguengos encontra-se subdividido nos postos territoriais de Vila Viçosa, Bencatel, São Romão, Alandroal, Santiago Maior, Reguengos, Telheiro, Mourão e Granja, sendo que todos disponibilizam atendimento aos cidadãos entre as 9h e as 17h.

Em concreto, o posto de Reguengos tem um efetivo de 16 militares e proporciona à população um patrulhamento de 24 horas.

Fonte: SOL

Ana Rocha

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