O Tribunal de Setúbal condenou Carlos Rosa, um antigo radialista, a 22 anos de prisão por matar a mãe de 82 anos à fome em Grândola.
Este homem foi condenado por homicídio qualificado e o tribunal teve em conta que não mostrou qualquer sinal de arrependimento ou autocrítica, conforme avança o Jornal de Notícias.
Confrontado com fotografias, não esboçou qualquer remorso e negou tudo.
O coletivo de juízes comprovou o crime mais grave imputado pelo Ministério Público, homicídio qualificado e declarou ainda a indignidade sucessória.
Recorde-se que, tal como a Rádio campanário noticiou, o caso é de agosto de 2020, e foi em fevereiro de 2021 que o Ministério Público deduziu a respetiva acusação.
Carlos Rosa, de 54 anos, um antigo radialista, estava acusado de se ter apropriado da pensão da mãe, de dois mil euros, e de a ter deixado morrer à fome, no quarto onde, durante meses, esteve apenas a leite e água.
O Ministério Público deduziu uma acusação pesada. Imputou ao antigo radialista de uma estação de Santiago do Cacém um crime de homicídio qualificado, entendendo que a morte foi produzida em circunstâncias que revelam “especial censurabilidade ou perversidade”, por a vítima ser mãe do arguido e ser “particularmente indefesa, em razão idade” remetendo ainda para o preceito do Código Penal que diz que comete homicídio qualificado quem “empregar tortura ou ato de crueldade para aumentar o sofrimento da vítima”.
O Tribunal de Setúbal deu a acusação por provada e condenou-o a 22 anos de prisão.
Ana Rocha
Fonte: Jornal de Notícias