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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Novas antas descobertas nos 1.528 sítios arqueológicos na Carta Arqueológica de Reguengos de Monsaraz (c/fotos)

Hoje decorreu no Salão Nobre, pelas 10h da manhã,  a sessão de apresentação da Carta Arqueológica do Concelho de Reguengos de Monsaraz (CARMZ), com a presença da Senhora Diretora Regional da Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira.

A equipa foi coordenada por Rui Mataloto, Manuel Calado, André Pereira e vários outros colegas e técnicos. Esta equipa percorreu 1.500 km, estudou mais de 4.200 entradas em diversas fontes, descartou 3.186 referências e identificou na Carta Arqueológica 1.528 SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS, dos quais 429 INÉDITOS (incluindo 12 novas antas).

Foi igualmente apresentado por Antonio Valera, o Sítio Arqueológico dos Perdigões. Um projecto de Arqueologia em Construção, recentemente classificado como monumento nacional, um local de interesse para a arqueologia europeia.

O Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Gabriel Calixto, na Apresentação pública da Carta Arqueológica do Concelho de Reguengos de Monsaraz, referenciou “outros investigadores como José Pires Gonçalves, Mário Varela Gomes ou Victor Gonçalves, que tornaram este território num imenso compêndio de conhecimento e de informação, que passará a contar com mais de 1.500 sítios arqueológicos, já identificados na carta que apresentamos agora”.

Referiu José Calixto na cerimónia que “se, por um lado, esta quantidade de informação é uma enorme mais-valia para o conhecimento das nossas raízes mais profundas, por outro, se não for devidamente referenciada, tratada e divulgada em instrumentos precisos, concisos e abrangentes, torna-se inútil, quer para a comunidade arqueológica, quer para o próprio Estado que não possui os instrumentos necessários para uma correta avaliação no que ao ordenamento do território diz respeito”.

Assim, aqui chegados a este momento, a apresentação pública da Carta Arqueológica do Concelho de Reguengos de Monsaraz, projeto desenvolvido sob a coordenação do Dr. Rui Mataloto, apraz-me reforçar a importância deste instrumento como repositório do conhecimento arqueológico deste território, mas também desejar que possa servir como um guia apelativo da História ancestral do próprio concelho que, se dominada pelo enorme relevância da Pré-História e do Megalitismo (reforçada pela recente classificação dos Perdigões a Monumento Nacional), tem igualmente outros sítios e ocupações relevantes, de outras épocas, como Monsaraz para a Idade do Bronze e Época Medieval, o Castelo Velho do Degebe para a Idade do Ferro ou a vila romana do Monte da Azinheira, onde se recolheu um dos mais belos sarcófagos de mármore conhecidos em Portugal.

” a criação de um instrumento imprescindível para o correto ordenamento deste território riquíssimo em termos de vestígios da presença humana ao longo de muitos milénios”.

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