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“De forma inédita, o Portugal 2030 e os primeiros avisos vão abrir ainda este ano” diz Ceia da Silva, presidente da CCDR Alentejo(c/som)

António Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação da Região Alentejo, esteve em Juromenha para acompanhar a assinatura do auto de consignação da empreitada de consolidação e restauro dos parâmetros do perímetro abaluartado exterior e cerca islâmica e medieval interior da Fortaleza de Juromenha.

À margem da assinatura deste auto de consignação, Ceia da Silva falou do próximo quadro comunitário referindo à Rádio Campanário “o próximo quadro comunitário, pela primeira vez na história dos quadros comunitários, não vai ter uma transição entre quadros de fundos comunitários.”

Segundo adiantou Ceia da Silva o “Portugal 2020 tem neste momento uma execução acima dos 50% e vamos ter já o início, pensamos que em outubro, os quadros comunitários estarão em condições de serem discutidos com a Comissão europeia, e em dezembro/janeiro de 2022 teremos a abertura dos primeiros avisos do novo quadro comunitário.”

Isto significa, conforme referiu “que vamos ter ao mesmo tempo três mecanismos financeiros a decorrer: o PT2020, o PT2030 e o PRR e portanto, claramente, vamos ter que executar e isso é claramente cada vez mais difícil, porque não há empreiteiros, há obras que ficam sem que ninguém concorra, o preço dos bens aumenta e tudo isto, junto, tem que ser equacionado e muito bem gerido pelos promotores e pelos beneficiados.”

A justificação para esta antecipação, segundo Ceia da Silva, tem em consideração que “perante um ano de economia que ninguém estava à espera, que não se sabe se vai terminar ou não pois o nível de infeções mantém-se, assim como os problemas da economia continuam, é importante que possamos utilizar todos os mecanismos à disposição das empresas e dos diversos setores, para que o dinheiro possa circular pela economia e quanto mais depressa, melhor.”

“Se estivéssemos mais dois anos à espera do PT2030 não seria bom para a economia da região e do país, numa altura como esta” acrescentou o presidente da CCDR Alentejo.

António Ceia da Silva adiantou-nos ainda que “no decorrer da semana que vem se irá realizar um conselho de concertação inter-setorial no sentido de ser analisado o que cada setor está a candidatar ao PRR.”

O presidente da CCDR Alentejo, acerca de possíveis investimentos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, referiu “que com intervenção da Comissão de Coordenação da Região Alentejo existem apenas dois projetos “a ponte de Nisa e a construção de uma rotunda em Portalegre que vai ligar ao que será o futuro centro de instrução de Praças da GNR “acrescentando que “tudo o resto, a CCDR Alentejo apenas pode ajudar e encaminhar.”

Questionado se a obra da empreitada de consolidação e restauro dos parâmetros do perímetro abaluartado exterior e cerca islâmica e medieval interior da Fortaleza de Juromenha, num investimento de 4.663.809,27 euros, se pode contribuir para a alavancar a taxa de execução do PT2020, Ceia da Silva refere que “a taxa de execução pouco alterará”.

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